Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal
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Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol acusou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de praticar intolerância religiosa após o decano ironizar a “chuva de Pix” recebida pelo parlamentar. Segundo Dallagnol, as falas do ministro são “desprezíveis”.

Mendes afirmou que com o dinheiro recebido pelo ex-deputado seria possível “fundar uma igreja”, em referência aos termos usados por Dallagnol para agradecer os apoiadores. O ex-procurador da Lava Jato ainda acusou o ministro do STF de criar um “clube para proteção de corruptos”.

“É triste ver um ministro do Supremo chegar a um nível tão baixo a ponto de atacar a fé das pessoas, em um ato de intolerância religiosa tão desprezível”, afirmou.

“E respondendo sua tosca provocação: eu prefiro fundar uma igreja do que fundar um clube de proteção aos mais corruptos e criminosos do Brasil”, concluiu o ex-deputado.

As falas de Gilmar Mendes aconteceram em um evento do grupo Prerrogativas em homenagem ao ex-ministro Sepúlveda Pertence. O ministro ainda aproveitou para tecer críticas ao modelo de investigação da Lava Jato, o que classificou como “modelo Moro-Dallagnol”.

“O que eu diria para as novas gerações? Mirem naquilo que não deu certo. O modelo Moro-Dallagnol deu errado. Vamos salvar o Judiciário desse grande escândalo. Não acreditem que são o quarto poder, porque não são”, declarou.

O ministro Gilmar Mendes ainda não se pronunciou sobre as acusações do ex-deputado. O STF também não se manifestou sobre o tema.

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