Nesta sexta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou a nomeação do deputado federal Celso Sabino (União-PA) como o novo Ministro do Turismo. A publicação ocorreu no Diário Oficial, oficializando a entrada de Sabino no primeiro escalão do governo e a saída de Daniela Carneiro, que retorna ao seu mandato como deputada federal.
A nomeação de Celso Sabino era aguardada desde o mês passado, quando o União Brasil pressionou pela troca no ministério. Após meses de negociações, o presidente Lula confirmou Sabino na quinta (13).
Sabino e Carneiro são filiados ao União Brasil. No entanto, Daniela solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral sua desfiliação em abril, o que resultou na perda de apoio do partido. Diante disso, a sigla indicou Celso como substituto no Ministério do Turismo.
A troca ministerial tem como objetivo ampliar a base parlamentar do presidente Lula no Congresso Nacional. Além do Turismo, o União Brasil já comanda as pastas da Integração Nacional, com Waldez Góes, e das Comunicações, com Juscelino Filho. Essas indicações são atribuídas ao senador Davi Alcolumbre (AP).
Lula está em negociações com outros partidos do Centrão, visando promover mais mudanças ministeriais. Atualmente, o governo conta com 37 ministérios e busca fortalecer sua base aliada no Congresso por meio dessas nomeações estratégicas.
A nomeação de Celso Sabino como Ministro do Turismo representa mais um passo na configuração do governo de Lula, buscando implementar sua agenda política e fortalecer sua governabilidade.
Quem é Celso Sabino
Deputado Federal pelo Pará, Celso Sabino de Oliveira nasceu em Belém, em 29 de agosto de 1978. Sabino é ex-tucano, evangélico, aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e esteve lado a lado com o Jair Bolsonaro (PL) durante os quatro anos de sua gestão.
Graduado em administração e direito, possui pós-graduação em Controladoria, Auditoria e Gestão Financeira e doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais. Sabino iniciou sua carreira pública apenas em 2011, aos 44 anos, quando foi eleito deputado estadual suplente em Belém, pelo antigo PR.
No ano seguinte, foi nomeado secretário estadual na Seter (Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda). Já em 2013, o paraense se filiou ao PSDB e foi eleito deputado estadual.
Nas eleições de 2018, Sabino foi eleito deputado federal pelo PSDB. Um dos principais aliados de Aécio Neves (MG) na Câmara dos Deputados, o paraense foi o relator do pedido de expulsão do mineiro em 2019, que acabou rejeitado pela Executiva da sigla.
Os conflitos no PSDB tiveram início em 2020, quando Sabino se aproximou do atual presidente da Câmara, Arthur Lira, e do Centrão. No mesmo ano, o político postou uma foto ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro — o que incomodou ainda mais os tucanos. Apesar de não explicitar o apoio ao ex-mandatário, Sabino afirmou ser "A favor do Brasil". Em 2021, ele anunciou a saída do partido.