Cláudio Castro e Jair Bolsonaro
Foto: Alan Santos/Presidência da República - 04.04.2022
Cláudio Castro e Jair Bolsonaro

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), reafirmou seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ressaltou que a inelegibilidade poderá dar protagonismo ao ex-chefe do Planalto como cabo eleitoral. A declaração foi dada nesta quinta-feira (29), em um evento promovido pelo grupo empresarial Lide, no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo Castro, a comoção com a inelegibilidade poderá fortalecer o bolsonarismo e gerar mais seguidores ao ex-presidente. Ele ainda negou atritos com Bolsonaro e ressaltou a porcentagem de votos nas eleições presidenciais.

“Ex-aliado não. Ainda sou aliado. Inelegível ele talvez seja até mais importante do que elegível. Não tenho dúvida que um candidato que teve 49% dos votos na última eleição tem uma infinidade de seguidores”, disse.

Bolsonaro é julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter se reunido com embaixadores para atacar o sistema eleitoral em julho do ano passado. O Ministério Público Eleitoral (MPE) entende haver desvio de finalidade no encontro e que as falas do ex-presidente tiveram caráter eleitoreiro.

Os ministros Benedito Gonçalves, relator do processo, Floriano Marques e André Ramos Tavares votaram favoráveis a inelegibilidade do ex-presidente. Raul Araújo foi o único a abrir divergência até o momento. Faltam votar a ministra Carmen Lúcia e os ministros Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

O governador carioca ainda evitou comentar sobre o julgamento contra Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entretanto, ele se colocou contra a “criminalização da política”.

"Não estou com os autos na mão, mas o presidente tem bons advogados. Meu comentário é que temos de parar de criminalizar a política no geral. Não pode todo presidente ou governador que sai ser excluído da política. Essa lógica fere a democracia, o processo natural de oposição e situação", completou.

Castro foi aliado de Bolsonaro quando o ex-presidente esteve no Palácio do Planalto, mas se afastou próximo das eleições de 2022. Na época, o governador deu acenos ao Centrão, o que incomodou a cúpula bolsonarista no Rio de Janeiro e familiares de Bolsonaro.

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