Renan Calheiros comemorou cassação de Deltan
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Renan Calheiros comemorou cassação de Deltan


O senador Renan Calheiros (MDB-AL) ironizou na noite desta terça-feira (16) a cassação do agora ex-deputado federal Deltan Dallagnol (União Brasil-PR). O parlamentar usou seu perfil no Twitter e chamou o antigo procurador da Lava Jato de “pivete ficha suja”.

“Deltan Dallagnol delinquiu no MP ávido pelo poder. Para fraudar a lei, antecipou a exoneração para fugir da ficha limpa, mesmo com duas condenações no CNMP — uma de minha autoria — e 15 processos. A Justiça tarda, mas não falha. O TSE cassou o mandato do pivete ficha suja da Lava Jato”, escreveu.

A manifestação de Renan Calheiros não ocorreu por acaso. O senador foi investigado pela Lava Jato e trocou acusações públicas com Dallagnol e Sergio Moro, afirmando ser perseguido pela dupla.

Cassação de Deltan Dallagnol

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta terça-feira (16), indeferir a candidatura de  Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e, consequentemente, cassar o seu mandato de deputado federal. A decisão foi tomada por unanimidade na Corte Eleitoral.

O relator do caso foi o ministro Benedito Gonçalves, e magistrados acataram dois recursos apresentados contra a candidatura de Deltan para o pleito eleitoral realizado no ano passado: uma pela Coligação Brasil da Esperança, e outra pelo PMN.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná havia negado ambos os recursos apresentados contra o então deputado, mas tanto a coligação como o partido recorreram ao TSE para reverter a decisão.

A decisão tomada pelo TSE se deu após os ministros entenderem que Dallagnol pediu exoneração do seu cargo de procurador-geral da República no Ministério Público Federal para escapar de eventuais punições que poderiam resultar na sua inelegibilidade.

A punição deferida tem como base a Lei da Ficha Limpa, que torna o agora ex-deputado federal inelegível pelos próximos oito anos. 

"Constata-se, assim, que o recorrido agiu para fraudar a lei, uma vez que praticou, de forma capciosa e deliberada, uma série de atos para obstar processos administrativos disciplinares contra si e, portanto, elidir a inelegibilidade", afirmou Gonçalves ao dar o seu voto no processo.


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