Gutemberg Reis
Reprodução: Câmara dos Deputados
Gutemberg Reis

O deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de ter fraudado o cartão de vacinação contra à Covid-19 , estava em Brasília no dia 16 de junho de 2022, data em que consta no Ministério da Saúde que ele tomou a primeira dose do imunizante. 

No entanto, Reis teria se vacinado em junho e novembro de 2022 em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Município onde o irmão, Wellington Reis, era prefeito. 

Porém, pelo Instagram do deputado, ele estava em Brasília entre os dias 14 e 16. Na foto postada, o parlamentar estava ao lado do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, preso por omissão durante os atos golpistas no dia 8 de janeiro .

Gutemberg ao lado de Torres e Silvinei Vasques
Reprodução: Instagram - 08/05/2023
Gutemberg ao lado de Torres e Silvinei Vasques


Operação Venire

No dia 3 de maio, a Polícia Federal realizou a Operação Venire , cumprindo 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, no Rio de Janeiro e em Brasília. Todas as prisões já foram realizadas até as 7h.

Gutemberg foi um dos alvos de busca e apreensão, assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) . Segundo apuração da PF, os dados de vacinação do deputado foram inseridos apenas na data da segunda dose por Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, chefe de Vacinas de Caxias.

Através de nota, o parlamentar alegou que houve um  problema com o ConectSUS, mas que foi resolvido quando fez parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China no início de abril.

Entre os alvos de prisão está o  tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro , o policial militar Max Guilherme, o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças próximos do ex-presidente, o sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, assessor de Bolsonaro, o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Barros e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

O objetivo da operação é investigar um grupo que teria fraudado vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.

"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid", afirma a Polícia Federal.

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