Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente
Marcos Corrêa/PR
Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente

O Ministério Público Eleitoral se manifestou a favor da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) . O órgão defende que o ex-mandatário abusou de poder político quando atacou o sistema eleitoral e às urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada , em julho de 2022.

A manifestação foi levada ao Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) na noite de quarta-feira (12), porém ainda não há data para a ação ser julgada. Os ministros podem ou não dar continuidade ao parecer do Ministério Público Eleitoral.

Em relação ao pedido de inelegibilidade do candidato general Braga Netto (PL), chapa a vice-presidente, o MP Eleitoral rejeitou as acusações.

Caso a ação avance e Bolsonaro seja condenado, ele pode perder seus direitos políticos e ficar inelegível por 8 anos.

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, relator do caso, determinou o sigilo da ação. Desta forma, a manifestação do MPE não foi divulgada.

Ataques ao sistema eleitoral

No dia 18 de julho do ano passado, Bolsonaro se reuniu com embaixadores no Palácio do Planalto. No evento, ele atacou às urnas eletrônicas e colocou em dúvida o processo eleitoral brasileiro para representantes diplomáticos .

O presidente também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Quando se fala em eleições, vem a nossa cabeça transparência. E o senhor Barroso (Luís Roberto Barroso, ex-presidente do TSE), também como senhor Edson Fachin (presidente do TSE), começaram a andar pelo mundo me criticando, como se eu estivesse preparando um golpe. É exatamente o contrário o que está acontecendo", afirmou Bolsonaro, querendo dizer que havia um golpe planejado pelos ministros.

"Não é o TSE quem conta os votos, é uma empresa terceirizada. Acho que nem precisava continuar essa explanação aqui. Nós queremos, obviamente, estamos lutando para apresentar uma saída para isso tudo. Nós queremos confiança e transparência no sistema eleitoral brasileiro", disse o ex-presidente, mentindo ao dizer que a contagem de votos sera de uma empresa terceirizada, quando, na verdade, é o Tribunal Superior Eleitoral que realiza a ação.

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