A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (28) que o terceiro pacote de joias recebido do governo da Arábia Saudita foi registrado e catalogado no acervo da presidência. Segundo o advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, o ex-presidente devolverá qualquer presente, caso necessário.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro recebeu em mãos um terceiro pacote de joias como presente do governo da Arábia Saudita. Entre os bens, está um relógio Rolex, além de caneta, abotoadoras e um anel.
"Todos os bens foram devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência", afirmou a defesa.
Cunha Bueno ressaltou que todos os presentes de Bolsonaro serão auditados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Até o momento, o segundo pacote, avaliado em R$ 400 mil, foi entregue ao TCU.
Bolsonaro recebeu as joias em 2019, durante uma viagem a Doha, no Catar, e a Riade, na Arábia Saudita. A caixa contém um relógio Rolex, uma caneta Chopard, abotoaduras, anel e uma espécie de rosário árabe. O conjunto, de ouro branco e diamantes, é avaliado em mais de R$ 500 mil.
Segundo o Estadão, os presentes teriam sido recebidos, em mãos, pelo próprio Bolsonaro do regime da Arábia Saudita, após almoço com o rei Salman Bin Abdulaziz Al Saud. Diferente do caso das joias avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões, que foram retidas pela Receita Federal por questões legais, e do outro pacote que veio na bagagem da comitiva que foi ao Oriente Médio em outubro de 2021.
Após receber as joias, Bolsonaro chegou a pedir que esses itens fossem armazenados em uma caixa de madeira clara, com o símbolo verde do brasão de armas da Arábia Saudita e que fossem guardados no acervo privado da Presidência. De acordo com as informações obtidas pelo jornal, há uma confirmação disso no dia 8 de novembro de 2019, feita pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência.