Vídeo: deputado suspeito de incentivar 8/1 quebra microfone da Câmara

Parlamentar criticava o ministro da Justiça, Flávio Dino, quando se exaltou

André Fernandes, deputado pelo PL
Foto: Reprodução: redes sociais - 23/03/2023
André Fernandes, deputado pelo PL

O deputado André Fernandes (PL-CE), investigado por suspeita de ter incentivado os atos golpistas do dia 8 de janeiro , se exaltou durante pronunciamento na tribuna e quebrou o microfone da Câmara dos Deputados .

Fernandes fazia críticas ao ministro da Justiça e da Segurança Pública Flávio Dino , que apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma queixa-crime contra cinco deputados e dois senadores apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro

"Em qualquer lugar, vão para o STF — disse Fernandes aos gritos, sem ser citado pelo ministro Flávio Dino.

"Para que serve essa tribuna?", questionou o deputado, dando um tapa e quebrando o microfone.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), que presidia a sessão, criticou a postura do deputado.

"Vossa excelência não tem o direito de estapiar ou atuar de forma a prejudicar qualquer bem próprio da Casa. Peço que registre o meu pronunciamento aqui contra o gesto do deputado que acabou empurrando violentamente o microfone na tribuna, não será tolerado", afirmou a petista.

Investigação

André Fernandes tornou-se alvo de inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos golpistas registrados em Brasília no dia 8 de janeiro. As investigações servem para analisar a conduta de alguns deputados em relação ao dia do episódio.

Fernandes faz parte dos investigados porque dois dias antes da invasão, ele postou no Twitter: "Neste final de semana acontecerá, na Praça dos Três Poderes, o primeiro ato contra o governo Lula. Estaremos lá", escreveu o deputado no dia 6 de janeiro.

Ainda, segundo a Procuradoria Geral da República (PRG) , divulgou vídeo no Twitter chamando para um ato contra Lula no dia 8 de janeiro. Após a depredação do dia dos atos, o parlamentar publicou imagem com porta de um armário com o nome do ministro Alexandre de Moraes .

A PGR considerou incitação ao crime, além de uma provocação da prática de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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