Francisco Joseli Parente Camelo
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Francisco Joseli Parente Camelo


O novo presidente do Superior Tribunal Militar , Francisco Joseli Parente Camelo , disse nesta quinta-feira (16) que é favorável a proposta da gestão Lula (PT) de proibir que militares que sejam candidato em eleições ou ocupem cargos no governo retornem para a ativa. O posicionamento ocorreu durante sua posse.

O projeto é do Ministério da Defesa e tem como objetivo “despolitizar” as Forças Armadas. “Eu acredito que realmente, na minha opinião pessoal, o militar na política não faz bem às Forças Armadas", falou Camelo. Ele comandará o STM por dois anos.

“Não é proibir o militar de ir para a política, mas ele vai ser político e deixa de ser militar da ativa. Ele vai para a compulsória, para a reserva. Eu concordo com essa proposta”, acrescentou.

O presidente Lula participou da cerimônia de posse e foi cumprimentado pelo novo presidente do STM. Joseli declarou que o chefe do Executivo federal terá a missão de “pacificar o Brasil e consolidar de forma definitiva a democracia".

"As Forças Armadas brasileiras, sob comando supremo do presidente, estarão contribuindo para a pacificação e consolidação de nossa democracia", completou.

"O presidente Lula deve governar e já está governando a todos os brasileiros - precisamos buscar harmonia. Todos nós temos a responsabilidade", destacou.

Quem é o novo presidente do STM?

Camelo serviu a Lula nos dois primeiros mandatos (2003-2010) e depois ficou quatro anos ao lado de Dilma Rousseff (2011-2014) como secretário de Coordenação e Acompanhamento de Assuntos Militares do Planalto. Ele chegou a ser convidado para ser ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, no entanto, optou por ter cargo vitalício de Ministro do Superior Tribunal Militar.

Ele é conhecido por ter sido piloto com aterrissagens em 92 países. Atualmente como presidente do STM, o ministro não pretende fazer mudanças na Corte.

Francisco Joseli Parente Camelo foi eleito presidente do STM em dezembro do ano passado. O militar demonstrou entender a desconfiança de Lula em relação ao comportamento das Forças Armadas nos últimos anos, mas deixou claro que trabalharia para que os dois lados se entendessem.


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