A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga os atos antidemocráticos, de 8 de janeiro, remarcou o depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres para o dia 23 de março. As declarações de Torres haviam sido agendadas para esta quinta-feira (16) por parlamentares da Câmara Legislativa do Ditrito Federal (CLDF).
A data do depoimento do ex-ministro do antigo governo coincidiu com o dia em que ele vai depor em uma ação de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por conta da ausência de Torres, os parlamentares devem ouvir apenas o depoimento do coronel da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime, que é chefe do Departamento Operacional da corporação. Naime foi preso durante uma operação da Polícia Federal. Ele é suspeito colaborar com os atos golpistas de 8 de janeiro e de se omitir diante do enfrentamento da situação.
O advogado de Torres afirma que eles ainda estão decidindo sobre a presença dele na CPI. No entanto, distritais informaram que o ex-secretário entrou em acordo com a CLDF para depor, desde que não ocorresse de forma pública.
Anderson Torres iria ser ouvido na última quinta (9). No entanto, na terça-feira (7), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou que ele não comparecesse ou que ficasse em silêncio, caso optasse por ir à Casa.
Segundo a decisão do ministro do STF, Torres está preso desde o dia 14 de janeiro e a lei não permite "conduções coercitivas de investigados ou réus para interrogatórios/depoimentos".
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.