Ex-deputado federal Eduardo Cunha
Agência Brasil
Ex-deputado federal Eduardo Cunha

Segundo decisão do novo juiz da Lava Jato Eduardo Appio, da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, o  ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha vai precisar entregar seis carros de luxo à Justiça. Cunha teve o mandato cassado e foi preso há sete anos em decorrência da Operação Lava Jato .

A frota do ex-deputado inclui: dois Porsche Cayenne, um Ford Fusion, um Ford Edge, um Hyundai Tucson e um Passat Variant Turbo. Os automóveis de luxo estão registrados em nome da empresa 'Jesus.com' e devem ser entregues em até cinco dias úteis.

"Revogo, por conseguinte, o respeitável despacho judicial deste Juízo Federal (nos autos de pedido de prisão preventiva de Eduardo Cunha 5052211-66.2016.4.04.7000 - decisão do evento 03 do então juiz federal Sérgio Moro ) o qual havia autorizado que o acusado Eduardo Cunha (e seus familiares) ficassem na posse dos veículos de luxo", afirmou Appio na decisão.

Veja os carros:

Em outubro de 2016, ao ser preso preventivamente em decorrência da Operação Lava Jato , o Ministério Público Federal pediu a apreensão de oito veículos do então deputado, pela segunda vez. À época, os bens somavam mais de R$ 1 milhão.

Entre os modelos, alguns são da marca Porsche , avaliados em mais de R$ 300 mil cada. O juiz Sergio Moro , porém, determinou que os carros ficassem somente bloqueados, ou seja, dessa forma não poderiam ser vendidos, mas continuariam sob posse da família Cunha.

Os procuradores justificaram o pedido de apreensão dos carros dizendo que poderiam ser "produtos de crime".

"Vale frisar que, embora Eduardo Cunha já tenha sido objeto de busca e apreensão por ordem do Supremo Tribunal Federal, a repetição da diligência é pertinente, tendo em conta que o elemento 'surpresa' da segunda busca e apreensão pode torná-la mais efetiva", afirmou o documento.

"Além disso, no presente momento, a medida visa arrecadar dinheiro em espécie e possíveis objetos adquiridos com produto do crime, como automóveis, joias, artigos de luxo."

Em junho do mesmo ano, Cunha teve os bens bloqueados dentro de ação de improbidade apresentada pela Lava Jato.

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