O TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) determinou nesta quinta-feira (15), por unanimidade, que a candidatura ao Senado
de Sergio Moro
(União Brasil) segue válida. A cassação havia sido pedida pela Federação Brasil da Esperança
do Paraná (FE Brasil, composta por PT, PCdoB e PV).
Segundo a ação contrária ao ex-juiz da Lava Jato, Moro não possuía filiação partidária válida no Paraná dentro do prazo legal. Porém, o TSE teve o mesmo entendimento que o TRE paranaense, que já tinha negado o processo feito pela Federação Brasil da Esperança.
O relator da ação, o ministro Raul Araújo, explicou que as condições de elegibilidade foram seguidas pelo ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL). Por causa disso, ele votou pela rejeição do recurso.
Moro ainda responde a um processo do PL do Paraná. O partido de Bolsonaro alega que a campanha do ex-juiz possui irregularidades em gastos e doações antecipadas. A ação está em segredo de Justiça.
Vitória de Moro para ocupar uma cadeira no Senado
Sergio Moro se colocou como pré-candidato à Presidência da República em novembro do ano passado pelo Podemos. Ele criticou Lula e Bolsonaro, afirmando ser um nome da terceira via. Porém, em março, o ex-juiz deixou a sigla e se transferiu para o União Brasil.
O ex-ministro de Bolsonaro concordou em lançar candidatura para o Senado por São Paulo. Porém, a mudança do seu domicílio eleitoral foi considerada irregular e ele concorreu pelo estado do Paraná.
Inicialmente, seguiu criticando o atual presidente da República e também o presidente eleito Lula. Mas as pesquisas o colocavam em segundo lugar, distante de Alvaro Dias (Podemos), seu ex-padrinho político.
Nas duas últimas semanas, o ex-juiz resolveu se reaproximar de Bolsonaro e declarou que seu maior inimigo é o PT. Por conta disso, Moro cresceu nas pesquisas e se aproximou de Dias.
Moro venceu a eleição para senador com 33% dos votos, enquanto Paulo Martins ficou em segundo, com 29%. O ex-juiz se encontrará com Bolsonaro nesta quarta e deve tratar do assunto.
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