Anderson Torres foi ministro da Justiça de Bolsonaro
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil - 22/06/2022
Anderson Torres foi ministro da Justiça de Bolsonaro


O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes permitiu que o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres seja liberado para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o ato terrorista de 8 de janeiro .

A CPI tem sido feita pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. O depoimento acontecerá na próxima quinta (9), a partir das 10h.  Anderson Torres poderá ficar em silêncio durante a sessão, segundo a decisão de Moraes. O ex-ministro vai comparecer à CPI com escolta policial, caso concorde em comparecer ao local.

A CPI também decretou a quebra de sigilos bancários, fiscais, telefônicos e telemáticos de Torres.  As mesmas medidas foram aplicadas ao suspeito de quebrar um relógio trazido por Dom João VI em 1808 para o Brasil, Antônio Cláudio Alves. O presidente da CPI, Chico Vigilante (PT-DF), disse que as solicitações de quebras de sigilos foram enviadas.

As investigações visam entender a ida do ex-secretário para os Estados Unidos, mais especificamente na cidade em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontra, na época dos atos.

O caso

O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) está detido desde o dia 14 de janeiro deste ano. A determinação da sua detenção foi feita no dia 10 de janeiro, pelo ministro Alexandre de Moraes.

A suspeita é que Torres, em conjunto com setores da Polícia Militar do DF e de militares, tenha ajudado a ação dos terroristas bolsonaristas. Ele nega. A Advocacia-Geral da União (AGU), por exemplo, pediu a prisão de Anderson Torres por omissão na repressão aos ataques.

Outro ponto ressaltado foi a "minuta do golpe", documento encontrado na casa de Torres que previa colocar estado de sítio na do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que poderia mudar o resultado da eleição. O texto não foi publicado.


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