A Polícia Federal investiga as impressões digitais encontradas na minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres . O órgão também analisa imagens que flagraram as pessoas que entraram no Palácio do Buriti, sede do governo do DF, nos 20 primeiros dias de janeiro.
A PF entregou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um relatório parcial sobre a apuração do 8 de janeiro. A data ficou marcada pela invasão e depredação feita por bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes, em Brasília. Cerca de mil pessoas foram denunciadas.
No documento entregue para a Corte, a Polícia Federal enumerou quais averiguações estão sendo feitas para identificar executores e mandantes do ato terrorista e de tentativa de golpe.
No dia do ato terrorista, Torres estava nos Estados Unidos, passando férias com a sua família. Ele voltou para o Brasil dias depois e foi preso por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. O ex-secretário é acusado de omissão em relação ao policiamento no dia 8.
Na residência dele, policiais encontraram a minuta de um decreto que tinha como objetivo instaurar um estado de defesa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o que vai na contramão da Constituição.
Ato terrorista de 8 de janeiro
Os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por bolsonaristas na tarde de 8 de janeiro. Eles protestam contra a vitória de Lula e o uso das urnas eletrônicas.
No dia anterior, caravanas de bolsonaristas chegaram à Brasília para o ato. O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a solicitar o uso da Força Nacional para manter a segurança da Praça dos Três Poderes.
No Congresso, os manifestantes vandalizaram o salão verde da Câmara dos Deputados e invadiram o plenário do Senado. Já no Planalto, os suspeitos quebraram portas e tentaram invadir o gabinete presidencial.
Na Suprema Corte, os manifestantes tentaram invadir os gabinetes dos ministros, quebraram as portas dos armários onde ficam as togas, além de quebrar vidraças e vandalizar a fachada do prédio.
Cerca de mil pessoas foram presas e levadas para a carceragem da Polícia Federal na capital. Algumas já foram liberadas por decisões do STF, enquanto outros ainda aguardam o pedido de habeas corpus.
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