A ministra do Meio Ambiente , Marina Silva (Rede), disse nesta segunda-feira (27) que o recorde de alerta de desmatamento na Amazônia em fevereiro é culpa de uma “ação criminosa”. O posicionamento dela ocorreu após ser questionada sobre os dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
De acordo com os números do instituto, houve um alerta de 209 km² entre os dias 1 e 17 de fevereiro. É o maior índice registrado até então. Marina demonstrou indignação e garantiu que tomará providências para encontrar os responsáveis pelos atos de desmatamentos.
"Estão desmatando mesmo no período chuvoso. É uma espécie de revanche às ações que já estão sendo tomadas na ponta. E vamos seguir trabalhando, este é nosso objetivo. Não somos como o governo anterior, os dados são transparentes", comentou a ministra.
"Neste momento, estamos identificando que tem uma ação criminosa, mesmo no período chuvoso, adiantando o desmatamento. E estamos nos preparando para fazer o enfrentamento", completou.
A fala de Marina ocorreu no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Ela se encontrou com o enviado especial do governo dos Estados Unidos para o clima, John Kerry. Ele chegou ao Brasil para debater com o governo Lula ações para preservar o meio ambiente e enfrentar o desmatamento na Amazônia.
A ministra foi perguntada sobre o recorde nos alertas de desmatamento e ela deixou claro que nada se resolverá de uma hora para outra. “As coisas não são mágicas. Temos a clareza da complexidade do problema e estamos trabalhando para que ele [desmatamento] venha a cair estruturalmente", explicou.
Ela reafirmou que trabalhará para que o desmatamento chegue ao fim nas florestas brasileiras.
Alckmin também esteve com John Kerry
“O enviado John Kerry não definiu valor, mas colocou que vai se empenhar junto ao governo, ao Congresso americano e junto à iniciativa privada para termos recursos vultosos, não só no Fundo Amazônia, mas como também outras cooperações", declarou.
Jornalistas perguntaram hoje a Alckmin qual contrapartida os Estados Unidos exigiram para enviar dinheiro ao fundo. O vice-presidente relatou que não houve nenhuma exigência feita pelos norte-americanos, porque o governo brasileiro deixou claro quais trabalhos adotará para proteger o meio ambiente.
"O compromisso do Brasil já ficou claro na presença do presidente Lula no encontro com o presidente Joe Biden. Ficou claro o compromisso do Brasil de ser o grande protagonista no combate às mudanças climáticas", pontuou.
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