A PGR ( Procuradoria Geral da República ) enviou ao STF ( Supremo Tribunal Federal ) denúncias contra mais 80 pessoas que participaram do ato terrorista de 8 de janeiro em Brasília . O processo com as acusações foi entregue para a Corte nesta segunda-feira (27).
Desde o dia do manifesto antidemocrático e golpista até a data de hoje, 912 pessoas foram denunciadas pela Justiça. Fazem parte do grupo de acusados executores do plano e incentivadores do protesto.
Das 80 pessoas denunciadas, 44 foram por crimes de incitação equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa. Caso sejam condenados, eles podem pegar uma pena de três anos e três meses de reclusão.
Já as outras 36 pessoas foram denunciadas por crimes de violência e grave ameaça. Caso elas sejam condenadas pela Justiça, a pena máxima pode passar dos 30 anos.
Os denunciados podem responder por crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio tombado, associação criminosa armada, golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Após a entrega feita pelo PGR, agora é o Supremo Tribunal Federal que analisará o processo e decidirá se aceitará ou não as denúncias. Se a Corte decidir prosseguir com o inquérito, os acusados se tornarão réus.
Ato terrorista de 8 de janeiro
Os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por bolsonaristas na tarde de 8 de janeiro. Eles protestam contra a vitória de Lula e o uso das urnas eletrônicas.
No dia anterior, caravanas de bolsonaristas chegaram à Brasília para o ato. O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a solicitar o uso da Força Nacional para manter a segurança da Praça dos Três Poderes.
No Congresso, os manifestantes vandalizaram o salão verde da Câmara dos Deputados e invadiram o plenário do Senado. Já no Planalto, os suspeitos quebraram portas e tentaram invadir o gabinete presidencial.
Na Suprema Corte, os manifestantes tentaram invadir os gabinetes dos ministros, quebraram as portas dos armários onde ficam as togas, além de quebrar vidraças e vandalizar a fachada do prédio.
Cerca de mil pessoas foram presas e levadas para a carceragem da Polícia Federal na capital. Algumas já foram liberadas por decisões do STF, enquanto outros ainda aguardam o pedido de habeas corpus.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.