O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou as exonerações da ex-assessora de Michelle Bolsonaro, Marcela Braga, e do diplomata Rodrigo Goidanich, ambos apoiadores e aliados próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (17).
A decisão é mais uma tentativa do Palácio do Planalto de ‘limpar’ quadros bolsonaristas do governo federal. Na visão da cúpula petista, apoiadores de Bolsonaro podem atrapalhar o trabalho do Planalto e prejudicar a imagem de Lula.
Marcela Braga era assessora especial do gabinete da Presidência da República e trabalhava diretamente com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ao fim do mandato, ela se tornou vice-cônsul em Orlando, nos Estados Unidos.
A nomeação causou reboliço no Itamaraty, já que ela passou a frente de uma larga lista de espera para promoção de carreira. Antes, o nome dela foi alvo de polêmicas por outras promoções oferecidas por Bolsonaro.
Já Goidanich atuava como cônsul-geral em Faro, Portugal. Ele ficou conhecido por ser um diplomata “antimáscara”.
Em diversas oportunidades, o diplomata fez críticas severas ao uso do equipamento durante a pandemia de Covid-19, seguindo os posicionamentos de Jair Bolsonaro. Uma declaração sobre os riscos do uso de máscara foi um dos estopins para a criação da CPI da Pandemia no Senado.
Ele também foi alvo de críticas no Itamaraty por promover eventos com nomes da extrema-direita. Na época, ele estava à frente Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), órgão ligado ao Ministério de Relações Exteriores.