Lula defendeu fim da guerra da Ucrânia e negou envio de munições e armamentos
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Lula defendeu fim da guerra da Ucrânia e negou envio de munições e armamentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia e a criação de um grupo para articular um acordo entre os países. Segundo o petista, é necessário união para acabar com o conflito em terras ucranianas, que completará um ano na próxima sexta-feira (24). 

Para Lula, a criação do grupo de países pode agilizar o fim da guerra, mas ressaltou a necessidade da credibilidade nas negociações. 

"Eu estou convencido de que é preciso encontrar uma saída para colocar fim a essa guerra. E senti da parte do presidente Biden a mesma preocupação, porque ninguém quer que essa guerra continue. É preciso que tenha parceiros capazes de construir um grupo de negociadores que os dois lados acreditem", disse o petista, em entrevista à CNN Brasil

Lula ainda falou sobre a pressão dos Estados Unidos para o Brasil fornecer munições à Ucrânia. Nesta quinta-feira (16), a subsecretária de Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, cobrou um posicionamento do governo petista e disse que o Brasil precisa "se colocar no lugar dos ucranianos". 

Lula rebateu as declarações de Victoria e disse que não quer entrar no conflito. Ele lembrou que o próprio presidente dos EUA, Joe Biden, quer o fim da guerra. 

"Se eu vendo as munições para o canhão que a Alemanha vai dar para a Ucrânia, significa que o Brasil está entrando na guerra. E eu não quero entrar na guerra, eu quero acabar com essa guerra", disse. 

O petista ainda garantiu que vai à China conversar com Xi Jinping e pedir um recuo dos chineses no apoio aos russos no conflito. A viagem está marcada para março e será o primeiro encontro entre os chefes de Estado desde a vitória de Lula nas eleições.

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