Nesta sexta-feira (3), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória do ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Fábio Augusto Vieira preso no dia 10 janeiro.
Vieira é investigado suspeito de omissão na contenção dos atos golpistas cometidos por extremistas no dia 8 de janeiro, uma semana após a posse do presidente Luís Inácio Lula da Silva.
No documento, o ministro aponta que o interventor federal da Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli, afirma que Vieira "não teria sido diretamente responsável pela falha das ações de segurança que resultaram nos atos criminosos ora investigados" , apesar de ser o comandante da PM na época.
"Além de apontar que o investigado esteve presente na operação, foi ferido no combate direto aos manifestantes e não teve as suas solicitações de reforços atendidas", declara Moraes.
Segundo Moraes, a conclusão do interventor reforça as alegações do ex-comandante, durante depoimento para a Polícia Federal, procurou o GDF a fim de desmobilizar o acampamento montado em frente ao QG do Exército.
De acordo com o depoimento do ex-militar, ele tentou, por duas vezes, desmobilizar o acampamento e disse, ainda, que chegou a mobilizar cerca de 500 policiais militares na época, no entanto, não obteve êxito na ação por conta do próprio Exército.
O ministro do Supremo determinou a soltura de Fábio Augusto Vieira, no entanto, a medida cautelar de proibe que o ex-militar deixe o Distrito Federal sem comunicação prévia à Corte. Se ele descumprir a medida, será preso preventivamente.
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