O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne na noite desta quinta-feira (26) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para discutir as eleições para a presidência do Congresso Nacional. Pacheco receberá o petista em sua residência oficial.
Esse será o primeiro encontro entre Lula e o senado após o PT confirmar que apoiará Pacheco na corrida pela principal cadeira da Mesa Diretora no Senado. As previsões iniciais apontam que o atual presidente do Congresso conta com 25 votos e lidera a disputa.
Lula e Rodrigo Pacheco ainda devem discutir o apoio de congressistas em pautas de interesse do Palácio do Planalto. O petista deve pedir para que o presidente do Congresso interceda a favor do governo para conquistar maioria no Senado e na Câmara dos Deputados.
A sugestão da ala política é oferecer cargos de segundo e terceiro escalão dentro do governo para convencer os partidos a apoiarem Lula em seu terceiro governo. As tratativas devem avançar após a retomada dos trabalhos do Legislativo, previsto para 2 de fevereiro.
Além dos dois chefes dos poderes Executivo e Legislativo, participam da reunião o líder do governo Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e o líder na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
Reunião com governadores
Lula ainda deve convidar Rodrigo Pacheco a participar do encontro com os 27 governadores, marcado para esta sexta-feira (27). A reunião será destinada para pedidos dos estados em obras com apoio do governo federal.
O almoço com os governadores ainda deverá servir como termômetro da ala petista para saber o potencial de negociação e abertura de diálogo com os governos estaduais. O grupo aliado à Lula alertou para resistência maior entre os governadores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula já vê abertura de diálogo com os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Os petistas querem ainda intermediar negociações com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
No caso de Zema, os petistas acreditam que Pacheco será fundamental. O presidente do Senado é visto como um personagem com boa interlocução no estado, o que pode facilitar as conversas com o governador mineiro.