A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República terá um gabinete específico para combater as desinformações sobre as ações do governo. Essa era uma das principais promessas do ministro Paulo Pimenta quando foi nomeado para o cargo.
A criação do gabinete foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de segunda-feira (23). No texto, que traz a organização estrutural da Secom, há espaço para a Coordenação-Geral de Liberdade de Expressão e Enfrentamento à Desinformação.
O documento assinado por Pimenta ainda cria uma Coordenação de Políticas para Liberdade de Expressão e Enfrentamento à Desinformação. Os gabinetes serão um braço do Departamento de Promoção da Liberdade de Expressão.
Desde a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ala petista se mostrou preocupada com as notícias falsas que podem ser divulgadas sobre as ações do governo. Há o medo de que as informações prejudiquem a imagem de Lula logo nos primeiros meses de governo.
Na última semana, opositores do presidente publicaram informações de que Lula teria reajustado o auxílio-reclusão enquanto mantém o salário mínimo na casa de R$ 1.212. Além de não ter reajustado o benefício de presos, Lula chancelou o reajuste do piso salarial assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na casa de R$ 1.302.
Em seu pronunciamento de posse, Paulo Pimenta criticou a rede de desinformação durante as eleições e disse que trabalhará para pôr fim as fake news no Palácio do Planalto.
“A falta de credibilidade de autoridades, que se distanciaram da verdade e dos fatos, alimentou uma indústria que atrapalhou até mesmo no combate ao vírus da Covid-19. A desinformação mata! Não queremos nunca mais passar por esse tormento. Faremos de nosso trabalho um permanente combate às fake News e à desinformação. A boa informação é vital para nossa sociedade”, afirmou Pimenta.
Os gabinetes serão responsáveis por fiscalizar as notícias falsas divulgadas contra o governo petista e levá-las para a Advocacia-Geral da União. A AGU deve ingressar com ações para retirar os conteúdos do ar e investigar os responsáveis pela divulgação.
A Secom ainda não informou quem serão os responsáveis pela força-tarefa. O iG ainda tentou contato com a secretaria para saber detalhes do trabalho dos gabinetes, mas não obteve o retorno até o fechamento desta reportagem.