No começo da noite desta segunda-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com os 27 governadores do Brasil para debaterem os atos terroristas que ocorreram na Praça dos Três Poderes durante a tarde do último domingo (8) .
A reunião conta com a presença de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF); Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Roberto Barroso. O chefe da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a presidenta do STF, Rosa Weber, e o senador presidente em exercício, Veneziano Vital do Rêgo (MDB), estavam presentes no encontro.
Entre os líderes estaduais que são alinhados do ex-presidente Jair Bolsonaro estavam Tarcísio de Freitas (Republicanos- SP), Cláudio Castro (PL-RJ), Jorginho Mello (PL-SC). Também marcou presença Celina Leão (PP), que assumiu o Distrito Federal após o afastamento de Ibaneis Rocha.
Weber convidou a todos os governadores a irem até a sede do Supremo e verem a depredação de perto.
"Estou aqui em nome do STF agradecendo iniciativa dos governadores para testemunharem a unidade nacional de um Brasil que todos nós queremos, no sentido da defesa da democracia e do estado democrático de direito. O STF foi duramente atacado, o nosso prédio histórico, seu interior, foi praticamente destruído, em especial nosso plenário e essa simbologia a mim, entristeceu de uma maneira enorme, mas quero assegurar a todos que vamos reconstruído e no dia 1º de fevereiro daremos início ao ano judiciário como se impõe ao poder judiciário e guardião da Constituição Federal", disse a ministra do STF.
Em seguida, Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, defendeu que os estados enviem policiais para a Força Nacional e que criem gabinetes de crise.
"Além de estados estarem disponibilizando efetivo policial para apoiar na medida de contenção de outros atos de violência e garantia da ordem no DF, estamos atuando de forma sinérgica e em sintonia para manutenção da ordem em todos estados e deixar registrado que no Rio Grande do Sul, temos um gabinete de crise, reunindo todas as forças de segurança e órgãos de controle, para atuarmos de forma coordenada para identificar todos que atuam em atos que agridem não só a instituições, mas para abrirem inquérito para identificar quem financia e dar devida consequência para quem atenta contra a democracia", declarou Leite.
Logo após, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu a democracia. Ele também mencionou a importância de estar presente no encontro. Na manhã desta segunda-feira, o chefe paulista disse que estaria ausente na reunião em razão do governo estar focado nas questões das enchentes causadas pelas chuvas no estado de São Paulo.
"Era muito importante estar presente (na reunião com Lula) no dia de hoje neste ato de solidariedade aos poderes constituídos, ato de solidariedade ao Supremo Tribunal Federal, solidariedade ao Congresso Nacional, a Câmara de Deputados, ao Senado Federal, solidariedade no final das contas à nossa democracia. Essa reunião de hoje significa que a democracia brasileira, depois dos episódios de ontem vai se tornar ainda mais forte", disse Tarcísio.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, estava presente e discursou durante a reunião. Ele afirmou que sempre defendeu a democracia.
"No último sábado, por volta de meia-noite, falava eu com a doutora Lindora, que se manifestava pela prisão de uma das líderes do movimento que veio a eclodir no domingo. E o ministro Alexandre mandou prender essa liderança que atuava nas redes sociais. Nesses últimos dois anos não falou Ministério Público, não faltou STF. Isso é necessário dizer a nação e a todos os presentes. Não faltou MP e Judiciário na busca desse controle. A nossa luta perdura. São 1,5 mil pessoas (presas), tive o cuidado de acrescentar quase uma centena de procuradores da república de todo Brasil para as audiências de custódia realizadas centenas ainda hoje aqui no DF", disse Aras.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.