Ministro da Justiça, Flávio Dino
José Cruz/Agência Brasil
Ministro da Justiça, Flávio Dino

Um dia após os atos terroristas em Brasília, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que o governo já identificou os responsáveis por financiar o transporte de manifesntes golpistas para Brasília em dez estados do país.

No último domingo, 8, mais de 100 ônibus chegaram à capital federal com bolsonaristas que depredaram o patrimônio público dos prédios da Praça dos Três Poderes. Segundo Dino, os empresários identificados bancaram o fretamento desses veículos.

"O que é possível afirmar cabalmente é que havia financiamentos. Temos a relação de todos os contratantes dos ônibus. E essas pessoas serão chamadas porque contrataram os veículos e não eram para excursões turísticas", disse o ministro.

Dino também afirmou que é "inequívoco" que há empresários do agronegócio entre os financiadores dos atos, mas ponderou que é preciso evitar generalizações. "Que há pessoas vinculadas a este segmento é inequívoco. Mas isso não significa uma generalização", disse.

Em entrevista nesta segunda-feira para fazer um balanço sobre os atos deste domingo, o ministro da Justiça disse que a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 40 ônibus que transportavam manifestantes dos atos. Em um deles, foi encontrada uma arma de fogo, "o que mostra uma preparação de atos de violência", ressaltou ele.

Ao reunir governadores no Palácio do Planalto na noite desta segunda-feira, 9, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o governo não vai parar de investigar as pessoas que estiveram no ato, que, segundo ele, "possivelmente são vítimas, que possivelmente são massa de manobra, que possivelmente receberam ajuda, lanche, comida para vir aqui".

Depois, ao caminhar com governadores e chefes do poderes do Palácio do Planalto até o STF , o presidente voltou a falar que acredita que houve falha na segurança do Distrito Federal: "Não vamos dar trégua até descobrirmos os responsáveis que financiaram tudo o que aconteceu nesse país (...) Houve uma falha, ninguém esperava que no domingo acontecesse um ato de vandalismo. Afinal de contas tínhamos tido no domingo anterior a maior festa democrática que Brasília teve conhecimento. Jamais alguém esperava que em um ambiente tão tranquilo fosse acontecer esse ato de vandalismo", finalizou.

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