Senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) durante encontro com o ex-presidente Lula (PT) e evangélicos, em São Paulo
Ricardo Stuckert - 19.10.2022
Senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) durante encontro com o ex-presidente Lula (PT) e evangélicos, em São Paulo

A direção nacional do Cidadania se reuniu nesta quarta-feira (28) e aprovou o apoio do partido ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Votaram 21 membros dos colegiados e 16 foram favoráveis a adesão da sigla na base governista que se iniciará em 2023.

O presidente da legenda, Roberto Freire, não participou do encontro. Outros quatro integrantes também não estiveram presentes na reunião.

Com a decisão, o Cidadania poderá aceitar algum ministério de Lula, caso ocorra o convite. Existe a possibilidade do presidente eleito convidar a senadora Eliziane Gama (MA) para ocupar a pasta do Turismo. Ela apoiou o petista no segundo turno das eleições e participou do conselho político do gabinete de transição.

Se o PT não entregar um ministério para a sigla, a tendência que o Cidadania esteja em cargos no segundo escalão. O assunto deverá ser resolvido até o fim desta semana, quando o futuro governante do Brasil anunciará os ministros que faltam.

Rejeição ao Podemos

O Cidadania formou uma federação com o PSDB para disputar as eleições deste ano. A sigla apoiou a candidatura de Simone Tebet (MDB) à presidência e concordou com a indicação de Mara Gabrilli (PSDB) como vice da chapa.

Com a derrota de Tebet, a legenda apoiou formalmente a campanha de Lula no segundo turno, enquanto os tucanos optaram pela neutralidade. Desta forma, a legenda pavimentou seu espaço para participar do futuro governo federal.

Nas últimas semanas, surgiram articulações para que o Podemos entrasse na federação entre o Cidadania e o PSDB. No entanto, a legenda tem indicado que será oposição a Lula assim como os tucanos. Por causa disso, a legenda comandada por Freire rejeitou a união com a agremiação presidida por Renata Abreu.

O apoio a Lula não é um consenso dentro do partido. A bancada da Câmara, que terá cinco parlamentares em 2023, tem defendido que a sigla seja independente e vote conforme sua ideologia.

Já bancada no Senado tem uma visão diferente e defende a aliança com o PT.

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