A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (15), uma operação de busca e apreensão contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) suspeitos de organizar e apoiar atos antidemocráticos pelo Brasil.
A ação da PF ocorreu a partir de uma determinação de Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) autorizou o bloqueio das contas, a quebra do sigilo bancário dos investigados e também a realização de 103 mandados de busca e apreensão nas seguintes unidades federativas:
- Acre (9);
- Amazonas (1) ;
- Espírito Santo (23);
- Mato Grosso (20);
- Mato Grosso do Sul (17);
- Paraná (16);
- Santa Catarina (15);
- Distrito Federal (1);
- Rondônia (1).
Mandados de prisão
Alexandre de Moraes determinou a prisão de quatro suspeitos de participar dos atos antidemocráticos realizados após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência do Brasil em outubro deste ano.
Os mandados de prisão são contra o vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos), o jornalista Jackson Rangel Vieira, o pastor Fabiano Oliveira e o radialista e candidato derrotado a deputado estadual Max Pitangui (PTB). As informações sobre os mandados foram divulgadas pelo G1.
Apenas Jackson Rangel Vieira e Armandinho Fontoura tinham sido detidos até a publicação desta matéria. O jornalista foi levado para a Penitenciária de Segurança Média 1, em Viana, enquanto o vereador deu entrada no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana 2.
Além dos mandados de prisão, o ministro também ordenou que os deputados Carlos Von Schilgen (Democracia Cristã) e Capitão Assumção (PL) passem a utilizar tornozeleira eletrônica.
Ainda foi determinada a proibição para deixar o Espírito Santo, proibição de uso de redes sociais, proibição de concessão de entrevistas e proibição de participação em eventos públicos. Ficou estabelecida uma multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento.
Apreensão de armas
As operações operações da Polícia Federal também resultaram na apreensão de armas no endereço de alguns investigados. Todas as armas foram encontradas em ações realizadas no estado de Santa Catarina.
Foram apreendidas cerca de 15 armas, incluindo um fuzil, um rifle e uma submetralhadora, além de munições. Onze delas foram encontradas em um único endereço.
Em outra residência uma pessoa foi detida, e no local foram encontradas cinco armas, sendo que apenas uma estava sem registro.
Flávio Dino, furuto ministro da Justiça , fez uma publicação nas suas redes sociais onde falou sobre os artefatos encontrados e ironizou a liberdade de expressão destes suspeitos.
"Nas operações policiais contra atos antidemocráticos, determinadas pelo STF, foram encontradas várias armas (submetralhadora, fuzil, rifles com lunetas etc). Definitivamente isso não é 'liberdade de expressão'", escreveu.
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