O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou solidariedade à vice-presidente da Argentina , Cristina Kirchner , nesta quarta-feira (7). Ela foi condenada a seis anos de prisão por participar de um esquema de fraude que ocorreu entre 2007 e 2015.
"Minha solidariedade à vice-presidente da Argentina,
@CFKArgentina. Vi sua manifestação de que é vítima de lawfare e sabemos bem aqui no Brasil o quanto essa prática pode causar danos à democracia. Torço por uma justiça imparcial e independente para todos e pelo povo da Argentina", escreveu Lula no Twitter.
Apesar de ficar inelegível, Kirchner não será presa porque, na Argentina, o vice-presidente também ocupa o cargo de senador. Segundo a Constituição do país, senadores e deputados não podem ser presos desde o dia da sua eleição até a data da destituição.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, a vice-presidente argentina nega as acusações e diz que é vítima de uma perseguição política. Ela também cita o lawfare na gravação.
O que é lawfare?
O termo utilizado por Lula e Cristina, que surgiu na década de 1970 em um pequeno artigo escrito por John Carlson e Neville Yeomans, serve para se referir a um tipo de guerra na qual o poder jurídico é utilizado como arma de combate, com o objetivo de alcançar uma finalidade político-social.
PT também se manifestou
Por meio de nota, o PT citou "caráter claro de perseguição política" na decisão do Tribunal Federal de Buenos Aires.
"A acusação não se sustenta, foi inclusive julgada improcedente por um juiz anterior, mas o caso foi reaberto e julgado por uma nova corte, com os grandes meios de comunicação alimentando a opinião pública em favor da condenação", diz o comunicado divulgado pelo PT.
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