Tarcísio de Freitas não vai retirar as câmeras das fardas da PM
Reprodução / CNN Brasil - 17.10.2022
Tarcísio de Freitas não vai retirar as câmeras das fardas da PM

O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou que não vai retirar as câmeras nas fardas dos policiais militares.  Em entrevista dada ao canal pago CNN Brasil nesta segunda-feira (5), o ex-ministro da Infraestrutura contou que irá esperar os resultados para decidir se continuará com o equipamento no ano que vem.

“A questão das câmeras eu fui mais crítico na campanha, agora vamos segurar. Vamos manter. Vamos ver o resultado e que ajustes a gente pode fazer”, afirmou Tarcísio. A declaração vai na contramão do que ele prometeu ao longo da campanha eleitoral.

Enquanto candidato, Freitas deixou claro que era contra as câmeras nos uniformes da Polícia Militar. Durante as eleições, o ex-ministro relatou que o equipamento inibia os policiais de agirem contra criminosos.

No entanto, Fernando Haddad (PT), seu principal adversário, apresentou números que mostram que a mortes por policiais caíram 80% entre junho de 2021 e maio de 2022. Além disso, as lesões corporais provocadas por policiais também diminuíram no mesmo período.

Ao ser acusado de querer trazer a política de segurança pública adotada no Rio de Janeiro que, segundo seus adversários, proporcionou o surgimento de milícias, Tarcísio recuou e disse ao eleitor que tomaria a decisão final apenas quando se tornasse governador.

Faltando menos de um mês para assumir o cargo, Freitas deixou claro que manterá o equipamento nos uniformes dos policiais. Porém, esclareceu que poderá mudar de ideia, dependendo da maneira em que a ferramenta for utilizada ao longo dos próximos meses.

Tarcísio e o secretário de Segurança Pública

Tarcísio escolheu Guilherme Derrite para ser o secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo. “Estou inovando, colocando alguém que já esteve na Polícia Militar, que foi capitão da Rota, veio se aperfeiçoando, se aprofundando, que vai ser muito orientado por mim. A gente quer garantir que não vamos fazer experimentos”, explicou.

“Acho que tem que dar um voto de confiança para o Derrite, para fazer um bom trabalho. Uma coisa é o político, outra é o secretário de estado. Vou cobrar profissionalismo, resultado, trabalho. Quero que a população se sinta mais segura”, concluiu.

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