Hamilton Mourão (Republicanos)
Reprodução: commons - 02/10/2022
Hamilton Mourão (Republicanos)


O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta quarta-feira que Jair Bolsonaro deveria entregar a faixa presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva . Em visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ele também classificou as manifestações de apoiadores do presidente de teor golpista como uma "catarse coletiva" .

Mourão afirmou que Bolsonaro deve passar a faixa por ser uma questão institucional realizada de presidente para presidente. Ele está desde segunda-feira em visita oficial a Portugal.

"Eu não sou o presidente. Se por acaso o presidente renunciasse ao cargo e eu me tornasse presidente, eu teria essa responsabilidade. Mas eu não tenho essa responsabilidade. Então, eu não posso, se por acaso o presidente Bolsonaro não for, vestir aquela faixa, retirá-la e entregá-la ao presidente Lula que é o eleito", disse.

Manifestações

Quando questionado sobre as manifestações de teor golpista que ocorrem em alguns locais do Brasil, Mourão afirmou que trata-se de uma "catarse coletiva".

"Essas pessoas não estão na rua de forma desordeira, estão num processo de, vamos dizer assim, numa catarse coletiva, não é, eu posso colocar dessa forma, no sentido de aceitar algo que eles consideram que não foi correto. E o tempo é o senhor da razão", afirmou.


O vice-presidente defendeu as pessoas que fecham rodovias e afirmou que não considera os movimentos como golpistas.

"As manifestações não são golpistas. Isso foi uma coisa que vocês da imprensa estão colocando. Isso é uma manifestação de gente no Brasil, é uma questão interna nossa, que não se conformou com o processo, que considera que o processo é viciado", disse.

Mourão também criticou a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o acusou de ter sido parcial.

"Eu, da minha parte, vejo que nós precisamos ter que dar mais transparência nesse processo. Não basta, pura e simplesmente, respostas lacónicas do nosso Tribunal Superior Eleitoral, no sentido de contestar eventuais, vamos dizer assim, denúncias ou argumentações sobre o processo e nós teremos que evoluir nisso aí", apontou. 

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