Ministério da Defesa descarta fraude nas eleições de 2022

A pasta encaminhou sugestões para os próximos pleito

Urna eletrônica
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - 29/09/2022
Urna eletrônica

O Ministério da Defesa enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE ), nesta quarta-feira (9), o relatório sobre a fiscalização das urnas eletrônicas . A pasta atesta que não foram encontrados indícios de fraudes nas eleições de 2022 .

A Defesa, no entanto, apontou lacunas no processo eleitoral, vulnerabilidades do sistema e encaminhou sugestões para os próximos pleitos.

O documento, assinado pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, indica que “foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo”.

O relatório também cita a baixa aderência do Projeto-Piloto com Biometria e não descarta que eventualmente o sistema possa ser manipulado. “Não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento", diz trecho do documento.

Após a Defesa ter divulgado o documento, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes , escreveu uma nota. 

Veja nota do TSE na íntegra:


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu com satisfação o relatório final do Ministério da Defesa que, assim como todas as demais entidades fiscalizadoras, não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022.

As sugestões encaminhadas para aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente analisadas.

O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional, e as Eleições de 2022 comprovam a eficácia, lisura e total transparência da apuração e totalização dos votos.

Apoiadores de Bolsonaro


Na tarde desta quarta-feira (9), centenas de caminhões se reuniram  em Brasília para esperar o relatório do Ministério da Defesa  sobre as urnas eletrônicas. Os caminhoneiros se juntaram com o grupo de militantes que aguardam em frente ao quartel-general do Exército.

Momentos após a  vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro (PL) , manifestantes apoiadores do atual presidente foram às ruas protestar desfavoravelmente ao resultado da eleição. Eles bloquearam diversas rodovias do país, impedindo o direito de ir e vir dos cidadãos.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, mais de 115 caminhões tiveram um lugar reservado pelo Exército para acompanhar a divulgação do relatório.

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