Centenas de caminhões se reuniram nesta quarta-feira (9) em Brasília para esperar o relatório do Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas utilizadas nas eleições 2022 . Os caminhoneiros se juntaram com o grupo de militantes que aguardam em frente ao quartel-general do Exército .
As Forças Armadas devem entregar ainda hoje o documento sobre a fiscalização dos pleitos eleitorais.
Momentos após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro (PL) , manifestantes apoiadores do atual presidente foram às ruas protestar desfavoravelmente ao resultado da eleição. Eles bloquearam diversas rodovias do país, impedindo o direito de ir e vir dos cidadãos.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, mais de 115 caminhões tem um lugar reservado pelo Exército para acompanhar a divulgação do relatório.
Entidades atestaram segurança nas urnas
Na terça-feira (8), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) enviou ao TSE um relatório em defesa dos resultados das urnas . O documento garante que as eleições 2022 verificam a "confiabilidade e integridade dos votos".
"Como se pode verificar, todos os testes e procedimentos de segurança foram executados à exaustão e confirmaram a confiabilidade e integridade dos votos computados", diz trecho do relatório.
A TCU (Tribunal de Contas da União) também não encontrou divergências nos boletins das urnas eletrônicas.
Relatório do Ministério da Defesa
O Ministério da Defesa informou, na segunda-feira (7), que entregará nesta quarta-feira (9) o relatório sobre a fiscalização das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições realizadas em outubro deste ano.
Em nota, a pasta destacou que o documento que será entregue ao TSE vai conter dados coletados e analisados por técnicos militares das Forças Armadas.
“O Ministério da Defesa informa que, no próximo dia 9 de novembro, quarta-feira, será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas ”, informou o ministério em comunicado.
No dia 19 de outubro, a Defesa já tinha informado o tribunal eleitoral que entregaria o relatório após a realização do segundo turno do pleito eleitoral. Um dia antes, Alexandre de Moraes, presidente do TSE , havia determinado a entrega do relatório em uma prazo de 48 horas.
"Ressalta-se que as ações de fiscalização vêm sendo executadas de acordo com os acessos disponibilizados pela Justiça Eleitoral. Diante do exposto, a emissão de um relatório parcial, baseado em fragmentos de informação, pode resultar-se inconsistente com as conclusões finais do trabalho, razão pela qual não foi emitido", argumentou o ministério para não ter disponibilizado o documento na data exigida.
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