O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (9) que não vai apoiar nenhum nome para as presidências do Congresso Nacional
. O petista disse que não é papel do chefe do executivo federal interferir na escolha dos responsáveis pela Câmara e Senado.
"Não cabe ao presidente da República interferir em quem será o presidente do Senado ou da Câmara. Ou seja, quem vai decidir quem será o presidente das Casas serão senadores e deputados. O papel do presidente da República não é gostar ou não de presidente, é conversar com quem dirija a instituição", declarou.
O posicionamento do presidente eleito ocorre no mesmo dia em que ele se reuniu pela primeira vez com Rodrigo Pacheco (PSD) e Arthur Lira (PP) após derrotar Jair Bolsonaro (PL).
O grupo que apoia Lula não é favorável que o governo federal apoie Lira para ser reconduzido à Presidência da Câmara. O deputado ficou marcado por ter forte aliança com Bolsonaro. Já Pacheco é o preferido entre os petistas para seguir no comando do Senado.
Lula garantiu que “é plenamente possível recuperar a normalidade da convivência entre instituições". E também prometeu dialogar com todos os deputados federais e senadores para que seus projetos caminhem.
"Eu me candidatei com o compromisso de que é possível resgatar a cidadania do povo brasileiro, de que é possível a gente recuperar a harmonia entre os poderes, de que é plenamente possível a recuperar a normalidade da convivência entre as instituições brasileiras. Instituições que foram atacadas, que foram violentadas pela linguagem nem sempre recomendável de algumas autoridades ligadas ao governo", comentou.
“Já fui deputado, já fui presidente da República. O governante tem que ter clareza que que tem que lidar com as pessoas que foram eleitos. Temos que convencer das coisas importantes para o país. Não tem que olhar o Congresso e "ah, o Centrão". O Centrão é um conjunto de partidos que temos que conversar e tentar convencer das nossas propostas", completou.
Bloqueios em rodovias
Lula criticou os bloqueios em estradas, promovidos por apoiadores de Bolsonaro. “Essas pessoas que estão protestando, sinceramente, não têm por que protestar. Deviam dar graças a Deus pela diferença ter sido menor que aquilo que nós merecíamos ter de votos. E eu acho que é preciso detectar quem é que está financiando esses protestos que não têm pé nem cabeça. Ofensas a autoridades, ameaças de fechamento, agressão verbal", concluiu.
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