O presidente Jair Bolsonaro
(PL) quer que os diretórios estaduais dos partidos que o apoiam se organizem para que seus eleitores se mobilizem para ficarem nas ruas de todo o país durante as
eleições 2022
, que ocorrerá no próximo domingo (30). O objetivo é “assustar” a oposição, dando ênfase em cidades pequenas e médias do Brasil.
Segundo apurou o Portal iG, a estratégia é muito conhecida principalmente no interior. Em eleição municipal, por exemplo, é comum grupos políticos agitarem suas militâncias e fazer concentrações em pontos estratégicos, como praças e portões de colégios.
O foco de candidatos a prefeito é passar a sensação ao eleitor de vitória, podendo influenciar os mais indecisos. Há uma grande parcela da população que acaba votando em quem tem maior chance de vencer. Por isso as pesquisas são tratadas com tamanha importância, porque as campanhas acreditam que elas podem influenciar quem possuem dúvidas.
Bolsonaro quer usar essa mesma tática por milhares de cidades brasileiras. Além de convocar os apoiadores a usarem verde e amarelo, o presidente da República solicitará que as pessoas fiquem em praças e avenidas festejando, enquanto ocorre a votação.
Na avaliação da campanha bolsonarista, dificilmente os eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficarão nas ruas para fazer um contraponto. “A gente usará todas as estratégias possíveis para vencer essa eleição. Se a militância na rua ajuda, então vamos usá-la”, explica um dos coordenadores.
A ideia é que apoiadores se ajudem com caronas para que todos estejam juntos no momento da apuração. O pedido é que o movimento seja festivo. “Queremos convencer as pessoas pela nossa energia, apenas isso. Não vamos intimidar ninguém”, relata.
Ação pode passar a sensação de golpe?
A equipe de Bolsonaro alertou sobre uma possível acusação da oposição de que o movimento seria uma tentativa de golpe. A campanha recomendará para todos os diretórios que orientem os apoiadores a voltarem para casa, caso Lula vença as eleições.
“Não há qualquer manobra para golpe. Nós queremos um dia festivo. Se a derrota acontecer, o que nós não acreditamos, vamos voltar para casa de forma civilizada. Agora se a gente ganhar, e tenho certeza que isso acontecerá, vamos comemorar muito”, comenta.
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