Ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) se entregou à Polícia Federal na noite de domingo (23)
Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil - 07/06/2017
Ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) se entregou à Polícia Federal na noite de domingo (23)

ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) afirmou, durante audiência de custódia na segunda-feira (24), que gostaria de encontrar pessoalmente o ministro Alexandre de Moraes , do Superior Tribunal Federal ( STF ). O magistrado foi  responsável pelo mandado de prisão do petebista.

"Se o ministro Alexandre de Moraes fosse o chefe da diligência, a coisa seria diferente. Se ele tivesse coragem para me enfrentar", afirmou Jefferson.

E acrescentou: "Não é uma coisa de juiz-jurisdicionado, virou de homem para homem. Ele me humilhou e humilhou a minha Ana. A mesma fibra ele tem, como eu tenho, a audácia dos canalhas. Só que nós precisamos nos encontrar pessoalmente para discutir isso".

Durante a sessão, o promotor André Alisson Leal Teixeira, pediu que  Jefferson fosse enviado a um hospital psiquiátrico. O ex-parlamentar debochou da solicitação.

"Se o procurador conseguir me colocar num manicômio para encobrir os atos ilegais do Xandão. Pensei que a PGR tinha mais dignidade".

O ex-presidente do PTB ainda criticou as ações da Polícia Federal. 

"Os policiais vão no quarto e na gaveta das roupas íntimas da minha mulher e as jogam no chão e pisam nas roupas como se pisassem na minha virilidade. E pergunto a Deus, por que estou passando por isso? E vendo minha mulher em prantos. Eu sou casado há muitos anos e eu nunca toquei naquele 'relicário', em respeito a ela, mas o Xandão manda a Polícia Federal fazer isso. Na minha casa entra convidado, mandado não", disse o político.

Entenda o caso

Na manhã de ontem, a Polícia Federal foi até a casa de Roberto Jefferson em Comendador Levy Gasparian , no interior do Rio de Janeiro, para cumprir um mandado de prisão determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ex-parlamentar, no entanto, resistiu à detenção por oito horas e ainda trocou tiros com os agentes . Após o conflito, ele se entregou à PF.

Na ocasião, Jefferson jogou três granadas. De acordo com o sistema do Exército, a licença dele estava suspensa e ele não poderia ter ou transportar armas fora de Brasília. Devido ao descumprimento, o Exército abriu um processo administrativo para investigar o caso. A PF também instaurou um inquérito na esfera criminal.

Jefferson só se entregou à noite, por volta das 19h. O ex-presidente do PTB  estava em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e precisou voltar ao sistema penitenciário após decisão de Moraes. 

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