Neste domingo (23), o presidente afastado do PTB , Roberto Jefferson , se entregou aos agentes da Polícia Federal (PF) após atirar e lançar granadas contra policiais . Mesmo afastado em razão da prisão domiciliar, ele vinha encontrando alternativas para participar de eventos políticos.
Em junho, um evento do PTB em apoio ao aliado Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo contava com uma réplica de papelão em tamanho real de Roberto Jefferson, que não podia deixar sua residência, em Comendador Levy Gasparian (RJ).
O evento chamado de "lançamento da pré-candidatura de Tarcísio" mesmo sem a anuência da própria campanha, foi organizada pelo diretório paulista do PTB, presidido pelo empresário Otávio Fakhoury, para selar o apoio ao candidato do Republicanos.
Em seu discurso, o até então pré-candidato ao governo de São Paulo disse estar "extremamente honrado em celebrar a união com o PTB" e, por meio de Kassyo Ramos, que assumiu a presidência do partido com o afastamento de Jefferson, enviou gentilezas ao aliado.
"Quero cumprimentar o doutor Kassyo, presidente nacional do PTB, e, na sua pessoa, Kassyo, mandar um abraço carinhoso para o doutor Roberto Jefferson, que desde o primeiro momento esteve com o nosso presidente Jair Bolsonaro. Levem meu abraço e minha consideração para o nosso deputado Roberto Jefferson", afirmou Tarcísio.
O PTB faz parte do arco de alianças de Tarcísio desde o primeiro turno, ao lado de PL, do senador Marcos Pontes, e do PSD do vice Felicio Ramuth, ex-prefeito de São José dos Campos.
Tarcísio, por sua vez, que havia repudiado a prisão de Jefferson em agosto de 2021, agora se uniu a Bolsonaro , que criticou o aliado .
"Lamento e repudio fortemente as falas agressivas à ministra Carmen Lúcia, bem como a reação absurda de Roberto Jefferson nesta manhã. Deixo aqui a minha solidariedade aos agentes feridos no exercício do seu trabalho e reforço a minha opinião de que NADA justifica a violência" , escreveu o candidato ao governo paulista em suas redes sociais .
Roberto Jefferson trocou tiros com policiais da PF neste domingo
Preso desde agosto de 2021 no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-deputado federal Roberto Jefferson afirmou neste domingo (23) ter trocado tiros com policiais federais que foram até sua casa para prendê-lo.
O caso aconteceu um dia depois de Roberto Jefferson ter xingado a ministra do STF Cármen Lúcia e a compará-la a "prostitutas", "arrombadas" e "vagabundas" conforme mostra um vídeo publicado nas redes sociais por sua filha Cristiane Brasil (PTB).
Jefferson foi detido em operação da Polícia Federal autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes por suposta organização criminosa nas redes sociais para atacar a democracia. Além disso, ele já fora condenado no escândalo do mensalão.
Neste ano, o ex-deputado também tentou a candidatura à Presidência da República , mas que foi impedida pelo TSE, que o considerou inelegível. Ele foi substituído por Padre Kelmon (PTB) .
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.