Na manhã desta quarta-feira (19), o ex-governador de São Paulo, João Doria , anunciou via Twitter a sua desfiliação do PSDB . Na publicação, o empresário afirmou que "encerra essa etapa com cabeça erguida" .
"Anuncio minha desfiliação do PSDB após 22 anos no partido" , inicia o ex-governador paulista. Citando lideranças históricas do PSDB como Franco Montoro, José Serra, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, Doria diz que buscou cumprir “uma missão política e partidária pautada na excelência da gestão pública, num estado menor e em favor de uma sociedade mais justa e menos desigual” .
"Com minha missão cumprida, deixo meu agradecimento e o firme desejo de que o PSDB tenha um olhar atento ao seu grandioso passado em busca de inspiração para o futuro. E sempre em defesa da democracia, da liberdade e do progresso social do Brasil", conclui.
Crise no partido
Doria anuncia sua desfiliação do PSDB após o partido sofrer a maior derrota eleitoral desde a sua fundação, em 1988: além de não lançar nenhum candidato à Presidência da República, a legenda não conseguiu chegar ao segundo turno na disputa pelo governo de São Paulo, estado que governava desde a vitória de Covas em 1994.
Em abril deste ano, Doria deixou o governo de São Paulo com o objetivo de se candidatar à Presidência e ser o representante da terceira via. Entretanto, apesar de ter vencido internamente no PSDB para se lançar presidenciável, ele não conseguiu viabilizar sua campanha a nível federal e desistiu da candidatura.
No segundo turno das eleições presidenciáveis, o empresário anunciou que não votaria nem em Luiz Inácio Lula da Silva — como fizeram algumas lideranças do partido, entre elas FHC — nem em Jair Bolsonaro, a quem o governador tucano Rodrigo Garcia declarou “apoio incondicional”.
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