Nesta segunda-feira (17), o ex-presidente do partido Novo
, João Amoêdo
, disse que seu voto em Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) no segundo turno
das eleições 2022
é “uma proteção necessária”. Na avaliação dele, o presidente Jair Bolsonaro
(PL) representa um perigo para a democracia.
"Chegamos a um momento em que a discussão nem é mais corrupção, mas sobre você ter o direito de ser oposição, de estar em um Estado Democrático de fato. Nessa visão, Bolsonaro me preocupa muito por todas as declarações que ele faz, inclusive, sobre o Supremo Tribunal Federal. Acho que ele é uma pessoa que se mostrou não só um péssimo gestor, mas muito autocrático", disse ele em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews.
Ele falou que fará um enorme esforço para votar em Lula e que será oposição ao governo petista. “Isso foi o que me levou a dizer 'bom, é um sacrifício enorme, serei oposição no dia seguinte, mas hoje terei que votar no número 13", explicou.
Amoêdo demonstrou insatisfação com a reação da direção do Novo após seu posicionamento. “"Isso me deixou preocupado e triste”, lamentou.
"Me estanhou muito porque, primeiro, é um direito meu como cidadão; segundo: o estatuto do Novo permite que eu faça essa escolha; terceiro: o Novo declarou que os filiados tinham liberdade para fazer o voto conforme sua consciência; quarto: o Novo tem uma diretriz partidária colocando o partido como oposição ao Bolsonaro e eu exerço um direito meu e sou xingado de estar traindo, fazer um negócio vergonhoso", acrescentou.
Amoêdo vota Lula
O empresário revelou no último sábado (15) que votará em Lula, mas que é uma decisão difícil porque não concordo com o petista. Porém, ele disse que Bolsonaro é autoritário e coloca a democracia em risco.
“Bolsonaro tem atentado contra os poderes, cooptou o Legislativo com o orçamento secreto e vem testando essa ideia de aumentar os membros do Supremo para formar maioria. Apesar das discordâncias, serei obrigado a fazer algo que nunca fiz na vida, que é votar no PT”, pontuou.
João Amoêdo concorreu ao cargo de presidente em 2018 pelo Novo e tentou novamente disputar à eleição neste ano, mas foi descartado por Felipe D’Ávila.
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