Damares Alves (Republicanos)
Reprodução: redes sociais - 11/10/2022
Damares Alves (Republicanos)

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão determinou, nesta segunda-feira (11), um prazo de três dias para que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humano s informe sobre todas as denúncias de violência contra crianças que recebeu desde 2016.

A decisão ocorre após a repercussão de uma fala da senadora eleita nestas eleições , Damares Alves (Republicanos-DF) . A ministra da pasta afirma que houve casos de abuso sexual infantil que teriam acontecido na Ilha de Marajó (PA).

O pedido da Procuradoria solicita que as denúncias devem ser reportadas "detalhadamente" e incluiu as "em trâmite ou não, nos últimos sete anos (2016-2022), envolvendo tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis".

No último final de semana, Damares relatou, durante um culto, casos de abusos sexuais que teriam sido cometidos contra crianças na Ilha de Marajó.

"Eu vou contar uma história para vocês, que agora eu posso falar. Nós temos imagens de crianças brasileiras de três, quatro anos que, quando cruzam as fronteiras, os seus dentinhos são arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral", relatou. A ex-ministra disse ainda que as meninas e meninos comem comida pastosa "para o intestino ficar livre na hora do sexo anal", afirmou Damares.

O procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, afirmou que as declarações da ex-ministra causaram "preocupação e perplexidade, em especial porque pode se tratar de informações sigilosas às quais se teve conhecimento em razão do cargo público então ocupado".

Nesta segunda-feira, a deputada federal eleita Erika Hilton (PSOL-SP) acionou a PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Damares. O Ministério Público Federal cobrou mais informações da senadora eleita sobre supostos crimes de abuso sexual contra crianças.

Em nota, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos afirmou ontem que a ex-chefe da pasta se baseia em "numerosos inquéritos já instaurados que dão conta de uma série de fatos gravíssimos praticados contra crianças e adolescentes".

"Sobre o caso específico do Marajó, o programa Abrace o Marajó foi criado justamente como resposta à vulnerabilidade social, econômica e ambiental, que caracteriza uma porção expressiva da Amazônia Brasileira", complementou a pasta, que afirmou ter investido R$ 950 milhões em "iniciativas para o desenvolvimento econômico e social do arquipélago".

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos emitiu um comunicado na última segunda e afirmou que a ex-chefe da pasta se baseia em dados de inquéritos já instaurados "de uma série de fatos gravíssimos praticados contra crianças e adolescentes".

"Sobre o caso específico do Marajó, o programa Abrace o Marajó foi criado justamente como resposta à vulnerabilidade social, econômica e ambiental, que caracteriza uma porção expressiva da Amazônia Brasileira". A pasta ainda afirmou que investiu R$ 950 milhões em "iniciativas para o desenvolvimento econômico e social do arquipélago".

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