A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota, nesta terça-feira (11), lamentando e reprovando a "intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno" das eleições 2022 .
No comunicado, a entidade escreveu que a "manipulação religiosa" tira o foco dos reais problemas do Brasil que precisam ser discutidos pelos candidatos que disputam o pleito, sem citar o nome de nenhum político.
"A CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral", afirmou.
Segundo a confederação, momentos especificamente religiosos não podem ser usados pelos candidatos para apresentarem suas propostas de campanha ou qualquer outro assunto relacionado às eleições .
No mês passado, antes do primeiro turno, a CNBB já havia publicado uma carta criticando políticos e religiosos que estão usando a fé para manipular as pessoas. A entidade também se colocou contra a propagação de fake news e os ataques à democracia.
Veja a nota de hoje na íntegra:
"Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.
A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e com o Evangelho.
Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade de sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário."
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