Damares Alves (Republicanos) se tornou senadora no último domingo (2) e já articula para se colocar como candidata à Presidência do Senado
. A ex-ministra do governo Bolsonaro tem conversado com aliados e afirmado que conta com total apoio da primeira-dama Michelle
.
Segundo apuração do Portal iG, Damares tem dito aos companheiros de partido que conquistou enorme capital político ao ser eleita senadora pelo Distrito Federal. A explicação dela é que, mesmo sem o apoio do presidente, já que Bolsonaro esteve ao lado de Flávia Arruda, ela conseguiu vencer as eleições 2022 .
Desta forma, na avaliação dela, ninguém tem maior capacidade de defender os interesses do atual presidente, caso ele seja reeleito. Só que ela sabe que o chefe do executivo federal tem outras preferências, como Marcos Pontes (PL), Tereza Cristina (PL) e Carlos Portinho (PL).
Para convencê-lo que é a melhor opção, Damares recorreu para a primeira-dama. Michelle tem feito campanha em torno do nome da ex-ministra para que ela seja escolhida para concorrer ao cargo de senadora. Carla Zambelli (PL) também prometeu entrar defender futura senadora.
“A primeira-dama tem uma força gigantesca dentro do governo. A Damares venceu no Distrito Federal porque a Michelle trabalhou por isso. Houve uma articulação com lideranças religiosas para que a ministra fosse escolhida representante do povo no Senado. Se ela decidir que quer a Damares como presidente da Casa, pode apostar que a mulher do presidente [Bolsonaro] vai trabalhar pesado nisso”, diz um aliado.
Bolsonaro não quer Damares
Apesar de estar em campanha, Bolsonaro também tem conversado para definir quem o representará na disputa pelo Senado. Ele chamou Damares para dialogar e avisou que não a quer concorrendo ao cargo. Na avaliação do mandatário, é preciso que lidere a Casa quem tem maior traquejo político.
Inicialmente, seu preferido foi Marcos Pontes. Isto porque o ex-astronauta seria um homem de sua total confiança. Porém, aliados disseram que senadores da base governistas poderiam ficar chateados, decidindo seguir uma linha independente.
“O Pontes será Bolsonaro até o fim se o presidente for reeleito. A Tereza Cristina e o Portinho possuem vida própria fora do bolsonarismo. Então seria mais inteligente entregá-los a presidência do Senado para passar maior credibilidade aos outros senadores. O Arthur Lira é um ótimo exemplo”, explica um dos coordenadores da campanha do atual presidente da República.
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