Lideranças do Centrão
estão menos participativos na reta final da campanha do presidente Jair Bolsonaro
(PL). A decisão não é por acaso: já há um forte movimento para se reaproximar do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT). Existe muita preocupação que o petista consiga formar uma base de governo sem figuras que hoje comandam o Congresso Nacional.
As principais pesquisas divulgadas na imprensa e levantamentos internos apontam vitória do ex-presidente no primeiro turno. Mesmo o PP, PL e Republicanos sendo alimentados por informações da campanha bolsonarista, os caciques dos três partidos não possuem mais confiança na equipe de Bolsonaro.
Por conta disso, algumas figuras dessas três siglas foram escaladas para afunilar as conversas com a cúpula petista. No início da campanha, as legendas mantiveram um canal com a direção do PT para viabilizar uma participação na base governista em uma eventual gestão de Lula.
Porém, o relacionamento não se aprofundou por conta da corrida eleitoral. Apesar de terem o conhecimento da dificuldade de vencerem, lideranças do PP, PL e Republicanos acreditavam que era possível resgatar o antipetismo e manter Bolsonaro no poder até 2026.
No entanto, o chefe do executivo federal cometeu diversos equívocos ao longo da corrida presidencial, enquanto Lula soube formar uma frente ampla. Faltando poucos dias para o 2 de outubro, muitas lideranças do Centrão jogaram a toalha e agora buscam ingressar na base governista.
A visão do PT sobre o Centrão
O ex-presidente não tem qualquer problema em receber apoios, desde que sigam o seu plano de governo. Ele trabalhará para formar um Centrão B, tendo ao seu lado União Brasil, MDB e PSD.
Para que PP e Republicanos estejam em seu grupo, Lula já sinalizou que as lideranças terão que mudar. O maior objetivo do petista é não ter que negociar com Arthur Lira, presidente da Câmara.
Em relação ao PL, petistas acreditam ser impossível um acordo porque a bancada do partido deverá contar com a presença de muitos bolsonaristas. “O PP e Republicanos terão apoiadores do presidente, mas eles são minoria. Já no PL é diferente. Como negociar com Eduardo Bolsonaro? Impossível”, explica um coordenador da campanha de Lula.
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