A equipe de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que um eventual mandato petista será de Centro
. A declaração foi dada por Wellington Dias, um dos coordenadores da campanha do ex-presidente. A fala repercutiu entre empresários de diversos setores, que comemoraram o posicionamento.
No início dos atos realizados por Lula nas eleições 2022 , executivos se preocuparam com os discursos do petista na área econômica. A tensão aumentou ainda mais quando Aloizio Mercadante (PT) passou a ser cogitado como Ministro da Economia , além dele ficar responsável pela coordenação do plano de governo.
Só que a resistência diminuiu com a confirmação de Geraldo Alckmin (PSB) como vice da chapa. O entusiasmo aumentou na última segunda-feira (19), quando Henrique Meirelles participou de um ato ao lado do ex-presidente e manifestou apoio à chapa petista.
Nesta quarta (21), Wellington conversou com o jornal O Globo e avisou que Lula terá um governo de coalizão. “Terá essa característica de centro, com forte compromisso social”, explicou. “Lula conta com o maior leque partidário de todas as eleições que disputou. Certamente a responsabilidade vai ser mais diluída entre os vários partidos que estão conosco”.
Com a chance de vitória no primeiro turno, o PT tem trabalhado para conquistar o voto útil. No início da campanha, Lula discursou para os militantes. Nesta reta final, o ex-presidente tem se esforçado para dialogar com eleitores de outros partidos e candidatos.
“O tom será esse. Vamos acenar para todos os setores democráticos. Nosso compromisso é formar uma grande aliança para mudar o país”, diz um dos coordenadores da equipe petista.
Lula quer menos PT em seu governo
O ex-presidente conversou com aliados e avisou que seu objetivo é ter um governo que agrade não apenas a esquerda. Na avaliação dele, essa é a única forma para mudar a realidade econômica do Brasil.
“PSD, União Brasil e MDB serão procurados para fazer parte do nosso projeto. Nomes do PP, Republicanos e PDT, que estão aliados aos nossos conceitos, também vão conversar conosco. Queremos uma frente ampla para governar o Brasil”, explica o coordenador.
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