O nome de Aloizio Mercadante (PT) como um dos favoritos para ocupar o Ministério da Economia em um eventual governo Lula (PT) tem causado resistência entre diversos grupos de empresários. O responsável pela coordenação do plano de governo do ex-presidente é tratado por muitos executivos como uma figura “pouco simpática” e com “ideias antigas”.
A jornalista Andreia Sadi foi quem deu a informação em primeira mão e a reportagem do Portal IG confirmou. O ex-ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff não é bem avaliado para ocupar a pasta econômica, caso Lula retorne ao poder. Os argumentos para a resistência são diversos.
Uma delas é que Mercadante tem uma forte personalidade, dificultando o diálogo com diversos setores. Ele é considerado um dos responsáveis pela dificuldade da ex-presidente Dilma em conversar com o Congresso Nacional e lideranças do setor privado.
Com um estilo “autoritário”, há enorme preocupação que a equipe econômica não consiga aprovar pautas importantes na Câmara e no Senado. Na avaliação de alas empresariais, um possível governo Lula precisa de um nome no ministério que tenha habilidade em negociar com todos os deputados e senadores.
A pressão tem sido enorme, mas Lula já avisou que não tratará do assunto neste momento. Sua maior preocupação é com a campanha. “O [ex] presidente sabe que não terá nenhum ministro se não vencer a eleição. Os empresários podem palpitar, criar teorias, mas a gente segue focado no que interessa: apresentar nosso plano de governo para a sociedade brasileira”, diz um aliado do petista.
Mercadante próximo de Lula
O medo de que Mercadante seja ministro da Economia não é por acaso. Ele tem participado de diversas reuniões e eventos ao lado de Lula. Porém, a direção petista explica que isso faz parte da estratégia do ex-presidente para mostrar que lideranças históricas do partido seguem prestigiados.
Porém, a escolha do chefe da pasta econômica só será resolvida depois da eleição e com reuniões entre diversos aliados. Geraldo Alckmin (PSB) chegou a ser cogitado por aliados, mas o ex-governador descartou a hipótese. Lula também não descarta escolher um nome jovem e que não esteja envolvido em sua campanha.
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