Lula durante discurso
Mídia NINJA / Flickr - 29.11.2016
Lula durante discurso

Em comício em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, na tarde deste sábado, Lula (PT) afirmou que “morreu mais um companheiro do PT, vítima do genocida chamado Bolsonaro”. O ex-presidente também disse que tentou localizar a família de Benedito Cardoso dos Santos, sem sucesso, para prestar auxílio.

"O PT tem a obrigação de saber de todas as coisas para ajudar a família do (...) que foi vítima do genocida chamado Bolsonaro", afirmou Lula.

Rafael Silva de Oliveira foi preso após matar a facadas o simpatizante petista Benedito Cardoso dos Santos no interior do Mato Grosso, após uma discussão política. Oliveira se apresentou como bolsonarista.

Lula também defendeu seu governo, lembrando que “criou as oportunidades” para que a maioria dos matriculados no ensino superior público, pela primeira vez, fosse de pretos e pardos.

"Não existe ninguém inferior a ninguém. Não existe branco melhor do que preto. Não existe rico melhor do que pobre. O que existe é oportunidade."

Sobre o 7 de Setembro, o ex-presidente criticou o discurso de Bolsonaro em ato em Brasília:

"Ninguém quer saber se ele é brocha, isso não interessa. As pessoas querem saber é se vai ter emprego", afirmou.

Imóveis dos Bolsonaro comprados em dinheiro vivo

E também cobrou do presidente a explicação sobre os imóveis comprados com dinheiro vivo por Bolsonaro e sua família.

"Quando ele chamar alguém de ladrão, ele precisa lavar a boca. Ele não tem autoridade moral pra falar isso. Vou acabar com o sigilo de 100 anos assim que assumir o governo", afirmou.

Mais cedo, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), candidato ao governo de São Paulo, já havia subido o tom das críticas aos bolsonaristas, afirmando que “aqui não é uma eleição. Em eleição você escolhe um governo. A gente vai decidir um regime”, em referência às ameaças à democracia feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Bolsonaro usurpou o 7 de Setembro", disse, tratando em seguida da violência política nas eleições "Já mataram 2 petistas. Assassinatos que Bolsonaro promoveu. Essa palhaçada acaba no dia 2 de outubro."

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa de Lula, por sua vez, comparou Haddad e Márcio França (PSB), candidato da coligação de esquerda ao Senado, a Coutinho e Pelé, a dupla de atacantes que brilhou no Santos e na seleção brasileira nos anos 1960.

"Bolsonaro é ‘incivilizatório’. Presidente que tem saudade da tortura não pode pedir voto do povo", afirmou.

O desejo de vitória de Lula no dia 2 de outubro foi mencionado algumas vezes pelos aliados do petista no palanque, como Haddad e o presidente do PSOL, Juliano Medeiros. Eles pediram esforço da militância para conquistar votos pelo ex-presidente nas três semanas que faltam para a eleição, a fim de "liquidar a fatura no primeiro turno". Segundo o Datafolha publicado na última sexta-feira, Lula tem 48% dos votos válidos no primeiro turno.

O comício, realizado em Taboão a pedido do prefeito Aprígio da Silva (Podemos), teve discursos curtos sob um forte calor, o que levou bombeiros do evento a socorrer vários militantes que passaram mal.

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