Desfile cívico-militar de 7 de Setembro de 2022 e comemoração do Bicentenário da Independência do Brasil
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Desfile cívico-militar de 7 de Setembro de 2022 e comemoração do Bicentenário da Independência do Brasil

Em discurso no Palácio da Alvorada transmitido em redes sociais por aliados, o presidente Jair Bolsonaro falou em "momentos difíceis" da História brasileira, citando algumas datas marcantes, como 1964, ano do golpe militar; 2016, quando ocorreu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT); e 2018, ano em que ele foi eleito.

"Seguramente passamos por momentos difíceis, a história nos mostra. 22, 35, 64, 16 e 18. Agora em 22. A história pode repetir. O bem sempre venceu o mal. Estamos aqui porque acreditamos no nosso povo e o nosso povo acredita em Deus", afirmou.


A primeira data citada por Bolsonaro envolveu uma das eleições mais conturbadas do início do período republicano. Na eleição vencida pelo mineiro Arthur Bernardes, adversários políticos divulgaram cartas falsamente atribuídas ao candidato, insuflaram o Exército contra ele e até tentaram impedir a sua posse, segundo informações do arquivo do Senado. A crise desencadeou um movimento de militares contra a posse de Bernardes, que teve como marco mais famoso o levante da Revolta dos 18 do Forte, no Rio de Janeiro, em julho de 1922, mas não teve sucesso.

Já a crise de 1935 envolveu um levante de tropas militares em Natal, Recife e Rio de Janeiro, com a participação de oficiais ligados ao antigo Partido Comunista, contra o governo do presidente Getúlio Vargas. Chegaram a instalar por alguns dias um governo provisório no Rio Grande do Norte. O episódio ficou conhecido como a Intentona de 1935 e desencadeou uma repressão de Varga aos comunistas.

Em 1964, também citado por Bolsonaro, um golpe militar articulado pelo alto escalão do Exército derrubou o presidente João Goulart e deu início a uma ditadura militar que durou até 1985, marcada pela repressão a opositores, tortura e assassinatos.

Já o ano de 2016 foi marcado pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, enquanto 2018 foi o ano no qual Bolsonaro se elegeu ao posto de presidente da República.

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