A Justiça dos Estados Unidos aprovaram nesta segunda-feira (05) a revisão "neutra" dos documentos encontrados pelo FBI na casa de Mar-a Lago, na Flórido, do ex-presidente Donald Trump . O pedido de uma avaliação independente partiu da defesa do ex-mandatário.
Além disso, segundo a justiça dos EUA, o Departamento de Justiça, que apura se Trump violou a Lei de Espionagem e outras duas leis, não pode usar o material até que o trabalho do "árbitro neutro" seja finalizado.
A decisão foi anunciada pela juíza Aileen Cannon, nomeada pelo ex-presidente em 2020.
"Devido à ocupação do pleiteante de ex-presidente dos Estados Unidos, o estigma associado à apreensão de objetos está em uma categoria própria", escreveu a juíza, concordando com a defesa de Trump. "Um possível processo baseado em qualquer evidência que deveria ser retornada resultaria em danos à reputação de uma ordem de magnitude decididamente diferente", disse Cannon.
O Departamento e o ex-presidente têm até o dia 9 de setembro para nomear um candidato a "árbitro neutro" e suas funções. Segundo a juíza, o advogado nomeado terá de analisar “propriedades apreendidas para itens e documentos pessoais e material possivelmente privilegiado sujeito a reivindicações de advogado-cliente e/ou privilégio executivo".
Mandado de busca e apreensão
Um mandado de busca e apreensão na casa de Donald Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida, foi cumprido no dia 8 de agosto pelo Departamento de Justiça e pelo FBI.
Quatro dias depois, o órgão divulgou que o ex-presidente é investigado por possível obstrução de justiça e possível violação da Lei de Espionagem dos Estados Unidos.
Em 26 de agosto, o Departamento de Justiça apresentou a público uma cópia editada do depoimento usado para obter o mandado de busca e apreensão na casa de Trump. A operação recolheu 11 conjuntos com 300 documentos sigilosos, que estavam guaradados em cerca de 20 caixas. Segundo o jornal Washington Post, alguns desses documentos estariam relacionados a questões de segurança nuclear dos EUA.
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