Jair Bolsonaro na bancada do Jornal Nacional durante sabatina
Reprodução/Globo - 23.08.2022
Jair Bolsonaro na bancada do Jornal Nacional durante sabatina

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o primeiro candidato à Presidência a participar da sabatina do Jornal Nacional. A presença dele repercutiu em todo o país, tendo alcance muito maior do que qualquer podcast ou programa jornalístico que o chefe do executivo federal participou anteriormente. Como o JN tem um público amplo, a equipe que cuida da campanha do mandatário considerou o desempenho dele “regular”.

Na avaliação interna, foi visto como positivo o tom usado pelo presidente ao conversar com William Bonner e Renata Vasconcellos. Segundo aliados, Bolsonaro não foi agressivo, no entanto, evitou de ficar na defensiva, usando o bom humor em alguns momentos e sendo firme em outros, sem partir para grosserias.

Por outro lado, o ponto negativo apontado pela campanha acabou sendo a maneira que o governante tratou Renata. Apesar de não ter sido mal-educado, ele a interrompeu bem mais em comparação com Bonner. Há uma preocupação que a oposição use isso a favor e afaste ainda mais o eleitorado feminino.

A campanha do presidenciável apontou que Bolsonaro foi bem ao falar de economia , a principal aposta da sua equipe. Ele criticou o PT ao defender o aumento do Auxílio Brasil, além de dizer que seu governo implementou o Auxílio Emergencial no início da pandemia, sem permitir que os apresentadores apontassem que, enquanto o governo queria pagar R$ 200, os opositores lutaram e conseguiram fazer com que o pagamento chegasse a R$ 600.

Mas os aliados também lamentaram a maneira que o presidente se posicionou sobre as urnas eletrônicas. Na avaliação, faltou mais clareza na defesa da democracia, tanto que a palavra final ficou com Bonner.

Já o pior momento, na opinião da campanha, foi o tema pandemia. A equipe disse que Renata levantou a bola para Bolsonaro cortar, mas ele optou por seguir com um discurso negacionista, o que pode manter afastado o eleitorado mais moderado.

Na soma de tudo, acredita-se que o chefe do executivo federal teve um desempenho “razoável”, pois sua equipe não vê chance dele perder eleitor, mas pouco acredita que conseguirá atrair votos por conta da sua participação no JN.

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