Fernando Haddad
Reprodução/Instagram
Fernando Haddad

Em plano de governo apresentado nesta segunda-feira, o candidato a governador Fernando Haddad (PT) propõe um novo protocolo para reduzir a violência nas abordagens policiais.

No programa, Haddad fala em implantar na polícia o que chama de Protocolo Operacional Padrão (POP), que pressupõe o uso da força letal apenas com ‘suspeita fundada’. De acordo com o documento, a polícia encontra objetos ilícitos em apenas 1% das abordagens policiais.

Segundo Haddad, os cursos de reciclagem, que também visam combater o racismo na corporação, seriam atrelados a aumentos salariais e à progressividade de carreira. Num dos trechos do documento, o petista afirma que sua eventual gestão vai "combater o extermínio da juventude negra" e criar políticas públicas em benefícios de quilombolas e LGBTQI+.

Nas eleições de São Paulo, o discurso de endurecimento contra o crime costuma garantir votos do eleitorado conservador desde o ex-prefeito a Paulo Maluf. Para vencer as eleições, Haddad precisará ampliar o leque à esquerda e fazer gestos ao centro. Não por acaso, ele se tem procurado se vincular ao ex-governador Geraldo Alckmin, que sempre teve força nesse eleitorado, sobretudo no interior do estado, onde o PT costuma ser derrotado. Haddad foi questionado se as propostas mais à esquerda - que tiveram contribuição de partidos como Rede e Psol- não dificultariam a sua entrada no eleitorado de centro.

O candidato minimizou e ainda sugeriu que sua eleição está atrelada à vitória do ex-presidente Lula no plano nacional.

"Eu acho muito difícil se eu ganhar o Lula perder. Eu sou o único candidato capaz de fazer esse tipo de proposta", afirmou Haddad.

Em suas propostas, Haddad promete resolver problemas sociais e ambientais como a fome e a demarcação das terras indígenas alinhado com a União - essa última medida enfrenta rejeição de Bolsonaro.

O plano ainda trata de outras áreas como infraestrutura, transporte e gestão administrativa. Haddad promete, por exemplo, a redução das tarifas dos pedágio. No entanto, não detalha os valores e nem se haverá espaço orçamentário. O candidato também fala em fortalecer a Controladoria Geral do estado para combater eventuais fraudes.

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