O ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes
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O ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes


Dois dias após tomar posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , o ministro Alexandre de Moraes marcou um encontro com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, para a próxima terça-feira, às 15h30.

A audiência, sem a presença de técnicos, está sendo tratada como uma visita de cortesia, mas a expectativa entre integrantes do governo é restabelecer o diálogo em meio a tensão entre o Palácio do Planalto e a Corte Eleitoral após frequentes ataques do presidente Jair Bolsonaro à confiabilidade das urnas eletrônica, sem provas.

A visita de Nogueira a Moraes ocorre em meio a tentativas de que haja um distensionamento das relações entre as Forças Armadas e o TSE. Ao longo da presidência do antecessor do novo presidente da Corte eleitoral, Edson Fachin, o ministro da Defesa, por meio de uma série de ofícios, cobrava por reuniões no tribunal no âmbito das sugestões feitas pelos militares para as urnas eletrônicas.

Em julho, com aval de Bolsonro,ministros do governo inicaram uma aproximação com integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar um acordo em que a Corte possa atender propostas das Forças Armadas sobre o processo eleitoral. A expectativa do Planalto é que uma “solução pacífica” ocorra com a chegada de Alexandre de Moraes à presidência do TSE.

Como um gesto de reaproximação, Bolsonaro foi à posse de Moraes na última terça-feira. Em seu discurso de posse, o ministro deu duros recados ao presidente fazendo a defesa do processo eleitoral, da democracia e criticando as fake news.

Embora o ministro de Defesa tenha sido recebido institucionalmente por Fachin em duas reuniões que constam da agenda pública do TSE, o ministro do governo Bolsonaro pedia novos encontros e chegou a dizer, em um dos ofícios, que as Forças Armadas se sentiam desprestigiadas pelo TSE.

As Forças Armadas foram convidadas em 2021 pelo ex-presidente da Corte Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, a integrar o Comitê de Transparência das Eleições (CTE). Isso ocorreu diante da insistência do presidente da República Jair Bolsonaro questionar, sem provas, a confiabilidade das urnas eletrônicas, usadas há mais de 20 anos nas eleições do país sem qualquer caso de fraude comprovado.

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