O Ministério Público do Paraná disse por meio de nota que irá apurar o caso de propagandas de armas e do candidato a presidência da república Jair Bolsonaro colocadas no muro de uma Igreja Presbiteriana, na cidade de Cascavel. De acordo com o pastor da congregação, as propagandas foram colocadas pelo seu vizinho, dono de uma loja de caça e pesca.
Segundo o MP, a 12ª Promotoria de Justiça de Cascavel irá instaurar "apurar o caso - tanto do ponto de vista eleitoral, quanto da proibição de veiculação de propaganda sobre armamentos ", com o objetivo de adotar eventuais providências cabíveis.
O Estatuto do Desarmamento proíbe publicidade para venda, que estimule o "uso indiscriminado de armas de fogo", em seu artigo 33. A exceção prevista é a veiculação em revistas especializadas.
"O que foi colocado é no estacionamento da loja, não é na Igreja. Parece que é da igreja, por ser como uma casa germinada", disse o pastor Ednaldo Batista Ribeiro, que se declara como apoiador do presidente Bolsonaro nas redes sociais. "Arma é uma questão de foro íntimo das pessoas. Não entro nesse assunto, não incentivo."
O pastor relatou ao GLOBO ter passado a ser alvo de ofensas e xingamentos após as imagens dos cartazes circularem pelas redes sociais. Questionando se, agora após a repercussão negativa, iria pedir para o vizinho retirar as propagandas, Ednaldo disse que é uma possibilidade.
Procurada, a loja Pesca e Cia ainda não se manifestou sobre o episódio.
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