O presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou com seus aliados da decisão do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), de manter o desfile de 7 de Setembro no centro ao invés de mudar para a praia de Copacabana
. O chefe do executivo federal seguirá articulando para que o evento seja alterado.
Em conversas com sua equipe, o mandatário demonstrou insatisfação com Paes. Na opinião dele, o prefeito apenas quer contrariá-lo para beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nas eleições de 2018, o prefeito disputava o cargo de governador fluminense e não quis associar sua imagem ao de Bolsonaro, diferentemente do que fez Wilson Witzel, vencedor da disputa.
Durante a pandemia, Paes trabalhou para que os cariocas seguissem as recomendações da ciência, enquanto o presidente da República defendeu medicamentos ineficazes contra a Covid-19, além de ser contrário ao isolamento social.
Diante de toda essa rivalidade, Bolsonaro avisou que continuará trabalhando para que o desfile aconteça na praia de Copacabana. Em motociata feita em Recife, neste sábado (6), ele convocou apoiadores para participar de um ato no dia da Independência no local, ignorando a fala de Eduardo.
O prefeito carioca usou seu no Twitter para explicar o motivo que o fez manter o evento na Avenida Atlântica. “O evento será organizado onde o Exército solicitou e onde sempre foi feito, na Presidente Vargas", escreveu. A prefeitura é responsável por preparar a estrutura técnica do ato.
Bolsonaro quer usar o ato de maneira política, já que estará faltando um mês para as eleições. Atualmente, ele está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenção de voto.
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